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Economia e Negócios

Black Friday deve registrar 1ª queda nas vendas desde 2016, diz CNC

Data de promoções deve movimentar R$ 3,9 bilhões, valor que está 6% abaixo do registrado no ano passado.

A inflação na casa de dois dígitos deve provocar a primeira queda real nas vendas da Black Friday desde 2016. A megapromoção, marcada para a última sexta-feira de novembro, 26, deve movimentar R$ 3,93 bilhões, uma cifra recorde desde que o evento começou em 2010, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em relação ao ano passado, as vendas da Black Friday de 2021 devem avançar 3,8%. No entanto, se for descontada a inflação acumulada em 12 meses, que chegou a 10,67% pelo índice oficial, o IPCA, a receita do varejo com a data deve encolher 6,5% ante 2020.

Com custos pressionados de várias matérias primas e falta de componentes, as chances de o consumidor encontrar barganhas no evento deste ano deverão ser menores. Para avaliar o potencial de descontos efetivos na data, a entidade coletou diariamente mais de 2 mil preços no varejo agrupados em 34 linhas de produtos durante 40 dias até 16 de novembro e comparou a cotação mínima encontrada. Constatou que 26% dos itens revelaram tendências de redução de preços no período, uma fatia bem menor do que a registrada na mesma pesquisa feita no ano passado: 46%.

Fábio Bentes, economista-chefe da entidade e responsável pelo estudo, lembra que a taxa da inflação acumulada em 12 meses naquele período era de 3,9%, bem distante da atual. Ele observa que um determinado produto que apresenta altas expressivas, na faixa de 10%, no preço mínimo durante as semanas que antecedem a Black Friday tende a apresentar um baixo potencial de ser vendido com desconto efetivo na mega promoção. Entre os produtos com maiores chances de descontos reais neste ano estão headset (fones com microfone), perfume feminino, hidratante, protetor solar e bronzeador e caixa de som bluetooth.

Segmentos

A Black Friday brasileira, que começou em 2010 no varejo online e depois foi adotada pelas lojas físicas, ganha cada vez mais a adesão do varejo. Neste ano, mais da metade do faturamento deve ficar concentrada nos segmentos de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e utilidades domésticas, com vendas somadas nesses setores de mais de R$ 2 bilhões, segundo a CNC.

São Paulo é a unidade da federação que é o carro chefe das vendas, com faturamento esperado para o Estado de R$ 1,360 bilhão, seguido por Minas Gerais (R$ 377 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 357 milhões).

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