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Economia e Negócios

Brasil criou 401 mil empregos formais em fevereiro, aponta Caged

Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Ministério da Economia.

O Brasil criou 401.639 empregos com carteira assinada em fevereiro deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Ministério da Economia.

O resultado do mês passado decorreu de 1,694 milhão de admissões e 1,292 milhão de demissões. Esse foi o melhor resultado para o mês na série histórica, iniciada em 1992. Até então o melhor resultado para fevereiro havia sido em 2011, quando foram criadas 280.799 mil vagas no segundo mês do ano.

Em fevereiro de 2020, houve a abertura de 225.648 postos com carteira assinada. Desde janeiro do ano passado o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para parte das empresas, o que traz algumas diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores.

A maior parte do mercado financeiro já esperava um avanço no emprego no mês, mas o resultado veio bem acima do teto das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de abertura de 150.000 vagas a 283.936 vagas em fevereiro.

No acumulado dos dois primeiros meses de 2021, ao saldo do Caged é positivo em 659.780 vagas, bem acima do registrado no primeiro bimestre do ano passado, quando foram criados 277.517 postos formais.

O Caged trata apenas do mercado formal, com carteira. O número também está sob o impacto do programa do governo que permitiu às empresas cortarem salários e jornadas e suspenderem os contratos. Como contrapartida, o governo dificultou as demissões pelo mesmo número de meses em que os trabalhadores foram atingidos com uma das duas possibilidades (a da redução na jornada e salário ou a da suspensão dos contratos).

O programa se encerrou em dezembro, mas os trabalhadores ainda continuam "protegidos" em 2021 caso tenham sido afetados em 2020. Segundo números do Ministério da Economia, 3,3 milhões de empregados estavam com essa "garantia provisória" em fevereiro. Parcela deles vai continuar com essa "proteção" até agosto.

Já o mercado de trabalho brasileiro é formado, na sua maior parte, pelo trabalho informal - daí a diferença com os números do IBGE.

Setores

A abertura de vagas em fevereiro se deu em todos os setores, mas foi puxada pelo desempenho de serviços, com a criação de 173.547 postos formais, seguido pela indústria geral, que abriu 93.621 vagas.

Já o comércio abriu 68.051 vagas, enquanto houve um saldo de 43.469 contratações na construção civil em fevereiro. Na agropecuária, foram criadas 23.055 vagas no mês.

No segundo mês do ano, 24 Unidades da Federação registraram resultado positivo e apenas três tiveram saldo negativo. O melhor resultado foi registrado em São Paulo com a abertura de 128.505 postos de trabalho. Já o pior desempenho foi o do Amazonas, que registrou o fechamento de apenas 625 vagas em fevereiro.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada passou de R$ 1.774,57, em janeiro, para R$ 1.727,04 em fevereiro.

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