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Economia e Negócios

'Economia está de novo em uma rota surpreendente', diz Paulo Guedes

O ministro afirmou a investidores que a atividade econômica dá sinais de que pode crescer mais este ano.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira, 31, a potenciais investidores internacionais que a "economia brasileira está de novo em uma rota surpreendente", ao destacar que o governo e o mercado estão revendo as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021. “(A economia brasileira) Está dando indicações de que pode crescer bem acima dos 3,4% este ano. As revisões do mercado para crescimento estão acima de 4% e há quem preveja 5%”, afirmou, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2021, um evento internacional para atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, organizado pela Apex-Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e governo federal.

Ele disse durante o evento, realizado de forma virtual, que organismos internacionais erraram em previsões de crescimento do Brasil em 2020 e “parece” que se equivocarão de novo em 2021”. Nesta terça-feira, 1º, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar o resultado do PIB do primeiro trimestre.

Segundo Guedes, uma medida provisória deve melhorar o ambiente de negócios no País. "Vamos aprovar nos próximos dias MP que melhora o ambiente de negócios. Devemos melhorar de 30 a 40 posições no ranking mundial de ambiente de negócios", disse.

Há dois meses, o governo federal editou a MP, apontada como um marco para consolidar mudanças no País, com forte impacto na facilidade de se fazer negócios no Brasil e no ranking Doing Business. Durante o lançamento da medida, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, havia previsto avanço em 20 posições nesse ranking do Banco Mundial. O Brasil ocupa atualmente o 124.º lugar e o objetivo de médio prazo do Ministério da Economia é chegar ao Top50 do ranking.

"Estamos preparando o ambiente de negócios para retomarmos o caminho da prosperidade", disse Guedes. "Queremos que Brasil seja uma das maiores economias de mercado do mundo. Não apenas ser a oitava, nona, décima maior economia, mas ser uma economia de mercado", acrescentou.

Guedes afirmou aos investidores que o governo está reforçando a vocação da agroindústria brasileira e que esse movimento não se dá na direção apenas da produção agrícola, mas também de minerais. "Vamos reindustrializar o Brasil com energia barata", disse, num momento em que aumentam as preocupações no País sobre a possibilidade de falta e energia.

Ele salientou que o Executivo está encaminhando um projeto de reforma tributária ao Congresso Nacional depois de já ter enviado o que trata da administrativa. "As reformas administrativa e tributária devem avançar este ano", previu. "Vamos surpreender o mundo mais uma vez, pois o Congresso brasileiro é reformista."

O ministro disse também que espera “leilões bastante concorridos” para a privatização dos Correios e Eletrobrás. Ele afirmou que o programa de privatização brasileiro foi retomado. “Antes, vendiam subsidiárias, agora, estamos vendendo Correios e Eletrobrás. Esperamos sucesso garantido com privatizações de Correios e Eletrobrás, como ocorreu na Vale”, disse. “Com privatizações, vamos disparar imediatamente investimentos em áreas sociais críticas, como saneamento.”

'Futuro digital e verde'

O ministro aproveitou sua fala para pedir recursos para o meio ambiente e a digitalização da economia brasileira. “Queremos ajuda e investimento de fora para construir futuro digital e verde. Uma árvore viva vale mais que uma morta, biofármicos, turismo, economia verde, tudo girará em torno da Amazônia”, afirmou.

Segundo Guedes, a reforma tributária mudará o eixo das isenções tributárias da energia “fóssil e suja” para a economia verde e digital.

Guedes disse ainda que o meio ambiente é um tema decisivo para economia brasileira. “Vamos nos tornar centro da economia sustentável. A Amazônia será centro de provisão de serviços para economia do meio ambiente”, completou.

Ele disse ainda que o governo está revendo sua projeção de déficit primário neste ano de 3,5% para abaixo de 3% do PIB. Segundo o ministro, os gastos extraordinários estão sendo “gradualmente removidos” e o País está voltando à “trajetória de controle e responsabilidade nas contas públicas”.

“Não faltarão recursos para importação de vacina e produção local de imunizantes. Teremos produção própria de vacinas e aceleramos a importação do exterior”, completou.

Mais uma vez Guedes defendeu a imunização em massa como a principal estratégia para a retomada da atividade no Brasil. “A vacinação em massa é principal política econômica que podemos fazer agora. E de saúde também.”

No mesmo evento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, previu que até o fim do ano toda a população brasileira estará imunizada.

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