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Economia e Negócios

Contas do setor público brasileiro fecham 2021 no azul em R$ 64,7 bilhões

Estados e municípios influenciaram o resultado positivamente com R$ 97,694 bilhões no mês, 1,13% do PIB.

Impulsionado pela inflação, pela recuperação econômica e pelo maior consumo de bens e serviços, o setor público consolidado (União, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) registrou superávit em 2021 após sete anos no vermelho.

O resultado positivo foi de R$ 64,727 bilhões, revertendo parcialmente o recorde negativo em 2020 (-R$ 702,950 bilhões), em meio aos gastos extraordinários relacionados à pandemia de covid-19.

O dado de 2021 é o melhor resultado anual para o primário consolidado desde 2013 (R$ 91,306 bilhões). Além disso, o dado representa 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.

O superávit primário consolidado de 2021 ficou abaixo da maioria das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que era de R$ 75,2 bilhões.

O resultado fiscal de 2021 foi composto por um déficit de R$ 35,872 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS), ou 0,41% do PIB.

Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 97,694 bilhões (1,13% do PIB). Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 78,198 bilhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 19,496 bilhões. As empresas estatais registraram superávit primário de R$ 2,906 bilhões.

Em dezembro, as contas registraram superávit de R$ 123 milhões em dezembro, bem abaixo da expectativa do mercado financeiro, que espera que fechassem com saldo positivo de R$ 13,7 bilhões. O resultado foi muito influenciado pelas contas de Estados e municípios. A União fechou com superávit de quase R$ 14 bilhões, enquanto os governos regionais tiveram déficit de quase R$ 13 bilhões. Enquanto os Estados registraram déficit de R$ 9 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 3,7 bilhões. As empresas estatais registraram resultado negativo de R$ 1 bilhão no período.

Na conta com juros, resultado negativo

Quando se leva em conta os gastos com os juros da dívida, o setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 383,664 bilhões em 2021, após rombo de R$ 1,015 trilhão em 2020. O resultado equivale a 4,42% do PIB. O resultado nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público, já após o pagamento dos juros da dívida pública.

Os governos regionais tiveram saldo positivo de R$ 61,755 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 2,264 bilhões.

Só em dezembro, o déficit nominal somou R$ 54,249 bilhões, após rombo de R$ 26,608 bilhões em novembro e de R$ 75,808 bilhões no último mês de 2020.

Só a conta de juros foi de R$ 448,391 bilhões em 2021, após esta rubrica ter em encerrado 2020 com um gasto de R$ 312,427 bilhões. Em relação ao PIB, a despesa representa 5,17%. Conforme o BC, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve em 2021 despesas na conta de juros de R$ 407,282 bilhões. Os governos regionais registraram gastos de R$ 35,939 bilhões e as empresas estatais, despesas de R$ 5,170 bilhões.

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