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Economia e Negócios

Petróleo ultrapassa os US$ 110 com negociações de paz sem avanço

Mercado tem o conflito entre Rússia e Ucrânia e o discurso do presidente do BC americano em foco.

Com as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia sem avanços concretos, o petróleo segue em alta de mais de 4% nesta manhã, ampliando ganhos da sessão anterior, após ataques também a instalações petrolíferas na Arábia Saudita no fim de semana. O índice DXY, que mede o dólar ante seis divisas principais, se sustenta em alta também, após acumular perdas de 0,90% na semana passada. E predomina ainda alta do dólar frente a maioria das divisas emergentes e ligadas a commodities nesta manhã em meio a preocupações com inflação mundial, o que pode influenciar a abertura do mercado de câmbio interno, após fechar em baixa nas últimas três sessões.

Às 9h35 (no horário de Brasília), o barril do petróleo WTI para abril estava cotado a US$ 109,21, em alta de 4,31%. O barril do tipo Brent para maio estava cotado em alta de 4,52%, a US$ 112,80.

Entretanto, não é descartado novo ingresso de fluxo de investidor estrangeiro para o mercado local, o que pode limitar uma alta e levar o dólar a cair durante os negócios. Economistas do mercado afirmam que o investidor estrangeiro continua entrando na Bolsa brasileira, que é muito correlacionada a commodities e diversificada entre setores, como petróleo, mineração, celulose, agrícolas e carnes. Os ingressos destinam-se também para carry trade com o real, tendo em vista o diferencial de juros interno e externo favorável ao Brasil.

Segundo dados da B3, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 1,680 bilhão na B3 na sessão de quinta-feira, 17. Em março, os investidores estrangeiros entraram com R$ 12,611 bilhões na Bolsa. O montante é resultado de compras acumuladas de R$ 232,685 bilhões e vendas de R$ 220,074 bilhões. No acumulado de 2022, o capital externo soma entrada de R$ 75,231 bilhões. No dia 17, o Ibovespa fechou em alta de 1,77%, aos 113.076 pontos.

Notícias vindas da China e Hong Kong podem afetar a precificação da taxa de câmbio.

Embora a China tenha prometido na semana passada dar mais estímulos à economia, num momento em que o gigante asiático enfrenta um novo surto de covid-19, o banco central local não alterou hoje as suas taxas de juros de referência pelo segundo mês seguido. A chamada LPR de um ano permaneceu em 3,70% e a LPR para empréstimos de cinco anos ou mais longos ficou em 4,60%.

Além disso, o presidente do país, Xi Jinping, determinou a imediata declaração de Estado de Emergência para organizar os esforços de busca e resgate do acidente com um Boeing 737 com 132 pessoas, que caiu na província de Guangxi, no sul do país, hoje cedo.

Já em Hong Kong, a Bolsa local suspendeu negócios com ações da gigante do setor imobiliário chinês Evergrande e de duas subsidiárias, à espera da divulgação de novas informações da empresa, segundo comunicado da bolsa. A Evergrande, que acumula mais de US$ 300 bilhões em passivos de dívidas, falhou no pagamento de bônus externos no fim do ano passado. Em janeiro, a Evergrande disse que planejava anunciar um plano de reestruturação global em até seis meses, após detentores de bônus ameaçarem processar a empresa por não se engajar em discussões com eles.

Nesta segunda, o destaque da agenda é a participação do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, em evento às 13 horas.

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