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Economia e Negócios

Livraria Saraiva aprova aditivo de plano de recuperação judicial

Com novo recurso, ações da ex-líder de mercado de livrarias subiram 26% na Bolsa de Valores.

A ex-líder de mercado de livrarias Saraiva conseguiu aprovar o aditivo de seu plano de recuperação judicial, o que lhe garante fôlego para tentar se reestruturar após anos imersa em uma grave crise financeira. Ao entrar em recuperação judicial em 2018, sua dívida era de quase R$ 700 milhões. Na segunda-feira, 7, com a aprovação do plano, as ações da Saraiva na Bolsa deram um salto de cerca 26%.

A aprovação do aditivo foi possível depois de o Banco do Brasil, o maior credor da rede, ter conseguido vender sua dívida de R$ 119 milhões para a Travessia Securitizadora. Com isso, ela assumiu, com a transação, o posto de maior credora da empresa. Com a Travessia votando a favor do plano, a proposta precisará, como próximo passo, passar pela homologação do Juízo da Recuperação Judicial.

Um dos avanços do processo foi a proposta da securitizadora pelas unidades produtivas isoladas (UPI) da loja do Shopping Ibirapuera. Fora isso, também recebeu uma proposta pelos direitos creditórios da companhia. Outros interessados poderão, ainda, apresentar interesse pelo ativo.

Conforme a livraria pontuou em seu plano de recuperação, a companhia poderá, com a aprovação do aditivo, buscar recursos no mercado, incluindo a possibilidade de emitir novas ações, como forma de recompor seu caixa. Ainda pelo plano aprovado, a companhia se propôs a transformar parte da dívida em ações.

Recuperação

A visão interna é de que sair da recuperação judicial ajudará a Saraiva a voltar a ter produtos em consignação (a loja expõe o produto, sem a necessidade de compra) e não precisaria mais gastar seu caixa para ter sortimento em suas prateleiras.

A empresa tentou inicialmente vender um conjunto de lojas e o seu e-commerce, cujos recursos poderiam ser utilizados para pagar os credores e para injetar dinheiro na operação. No ano passado, fez a terceira tentativa, mas não atraiu interesse pelos ativos.

No último relatório divulgado nos autos do processo, o administrador judicial, a RV3, informa que a Saraiva registrou em 2021 um prejuízo de R$ 15,7 milhões. Em dezembro, mês importante para o varejo por conta do impulso do Natal, a Saraiva viu suas vendas líquidas caírem 44%. Segundo o mais recente resultado da empresa, referente a setembro, a Saraiva tinha 37 lojas, sete a menos do que um ano antes. No início de 2017, um ano antes da recuperação judicial, eram 113 lojas.

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