Em meio a um cenário de grande incerteza provocado pelas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao chefe do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, o preço do ouro continua a subir vertiginosamente no mercado internacional.
Nesta terça-feira (22), os contratos futuros do ouro ultrapassaram pela primeira vez a marca dos US$ 3,5 mil por onça-troy (equivalente a 31,1 gramas). Este foi o segundo dia consecutivo de recordes, e o ouro atingiu um valor inédito na história.
Por volta das 7h (horário de Brasília), o ouro para entrega em junho avançava 1,6%, sendo negociado a US$ 3,48 mil por onça-troy, após ter superado brevemente a marca de US$ 3,509 mil mais cedo. Em 2025, o metal precioso já acumula uma alta de aproximadamente 30%, e desde o dia 2 de abril, quando Trump anunciou um novo pacote de tarifas comerciais, o ouro subiu mais de 8%.
A escalada de Trump contra Powell
No último fim de semana, em uma entrevista a jornalistas, o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett – um dos principais assessores econômicos de Trump – não descartou a possibilidade de o presidente dos EUA demitir Jerome Powell do cargo de chefe do Fed, confirmando que o assunto está sendo considerado.
Na semana passada, Trump voltou a intensificar as críticas a Powell, pedindo uma redução nas taxas de juros nos Estados Unidos. E, na segunda-feira (21), Trump usou novamente a rede social Truth Social para sugerir que a manutenção das taxas de juros poderia levar a uma desaceleração da economia norte-americana.
"Com esses custos indo tão bem para baixo, exatamente como eu previ, quase não pode haver inflação, mas pode haver uma desaceleração econômica, a menos que o 'Sr. Atrasado', um grande perdedor, reduza as taxas de juros agora", escreveu Trump, atacando diretamente o presidente do Fed.
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