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Eleições 2022

Assim como Lula, Fernández também prometeu churrasco na Argentina

Três anos depois, o consumo de carne bovina na Argentina é o menor em cem anos, segundo o BCR.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, tem prometido uma melhora acentuada na renda e na condição de vida dos brasileiros caso seja eleito presidente da República. O candidato, inclusive, já afirmou que o brasileiro vai voltar a “comer um churrasquinho e tomar uma cerveja” nos fins de semana.

A estratégia do petista se assemelha a utilizada pelo então candidato à presidente da Argentina, Alberto Fernández, em 2019. Em um vídeo de campanha, o peronista e sua candidata a vice, Cristina Kirchner, retrataram uma pessoa triste ao olhar para uma churrasqueira inutilizada.

“Olha, a gente tem milhares de problemas, todo dia, mas chegava o final de semana e alguém dizia: ‘Opa, que tal um churrasco?’. A verdade é que começar a perder essas coisas... e não estou falando de comida. Fazer churrasco era algo mais, era convidar as pessoas para ir à sua casa, receber seus amigos, rir um pouco. Para que estamos trabalhando se não for para isso?”, apresentava a propaganda, que terminava com a mensagem: “O bom é que daqui a pouco tudo isso vai melhorar. Há esperança”, finalizou o vídeo de campanha de Alberto.

Em 2019, o peronista venceu o candidato de direita, Maurício Macri. Apesar da campanha, o atual momento da Argentina mostra que o “churrasco” prometido por Fernandez, há três anos, ainda não chegou a mesa dos hermanos. A comida de qualidade, inclusive, tem se tornado cada vez mais rara por conta das constantes altas da inflação no país vizinho.

A Bolsa do Comércio de Rosário (BCR) apontou que o consumo de carne bovina por habitante na Argentina em 2021 foi de apenas 47,8 quilos, a menor quantidade desde 1920. No ano anterior, a média tinha sido de 64,9 quilos.

Com a inflação descontrolada, que tem afetado a renda e dificultado a compra do produto, a população tem tido que recorrer a outros tipos de carne: o consumo de frango, que passou de 27% para 41% entre 2000 e 2021, e o de carne suína, de 8% para 15%.

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