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Eleições 2022

Servidor exonerado do TSE diz à PF que há irregularidades em inserções

Alexandre Gomes Machado, que era coordenador do pool de emissoras do TSE, foi até à PF nesta quarta.

Após ser exonerado do cargo em comissão de assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre Gomes Machado, que era coordenador do pool de emissoras do órgão, procurou a Polícia Federal, nesta quarta-feira (26), e afirmou que a exoneração aconteceu “sem que houvesse nenhum motivo aparente”.

No relato, Alexandre Gomes, de 51 anos, declarou que se sentiu “vítima de abuso de autoridade” e disse “temer por sua integridade física”, além de afirmar que existem falhas na fiscalização da veiculação de inserções da propaganda eleitoral de candidatos pelas emissoras.

O ex-servidor disse acreditar que o motivo de sua exoneração seja o fato de que “desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita”.

Alexandre foi exonerado após denúncia da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre ter sido prejudicado em inserções nas rádios.

Confira abaixo o depoimento ou clique aqui

“Até a data de hoje estava ocupando a função de assessor do gabinete da Secretaria Judiciária do TSE; que na data de hoje, sem que houvesse nenhum motivo aparente, foi exonerado do cargo e conduzido por seguranças para o exterior do tribunal, tendo ainda que entregar seu crachá de servidor; que acredita que a razão da sua exoneração seja pelo fato de que desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita; que a fiscalização seria necessária para o fim de saber se as propagandas de fato estariam sendo veiculadas.

Que especificamente na data de hoje, o declarante, na condição de coordenador do pool de emissoras do TSE, recebeu um e-mail emitido pela emissora de rádio JM On Line na qual a rádio admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, referente ao candidato Jair Bolsonaro; que o declarante comunicou o fato para Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE, por meio de e-mail; que cerca de trinta minutos após esta comunicação foi informado, pelo seu chefe imediato, de que estava sendo exonerado, porém não lhe foi informado quanto à motivação de sua exoneração Que então decidiu comparecer a esta Superintendência de Polícia Federal, por ter se sentido vítima de abuso de autoridade e por temer por sua integridade física ou que lhe sejam imputados fatos desabonadores para desviar o foco de provem as na fiscalização de inserções por parte do TSE".

Denúncia

De acordo com a denúncia apresentada ao TSE, na noite de ontem, cerca de 150 mil inserções, não foram veiculadas especialmente em rádios da região Nordeste. O número consta de uma auditoria feita pela Audiency Brasil Tecnologia Ltda., empresa contratada pela campanha de Bolsonaro.

A campanha do candidato à reeleição apresentou dados que mostram que, em um único dia, em uma rádio no Recife, foram feitas 55 inserções do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, em detrimento às de Bolsonaro.

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