O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, morreu nesta terça-feira (13), aos 89 anos. A informação foi confirmada pelo atual presidente do país, Yamandú Orsi. O político lutava contra um câncer no esôfago desde abril de 2024 e em janeiro deste ano informou que a doença havia se espalhado pelo corpo. Ele também enfrentava uma doença autoimune que comprometia o funcionamento dos rins.
Ainda no início deste ano Mujica revelou que devido sua idade avançada e corpo debilitado, não seria possível continuar seu tratamento, bem como não conseguiria fazer uma cirurgia. “O que peço é que me deixem em paz. Que não me peçam mais entrevistas nem nada. Meu ciclo já terminou. Sinceramente, estou morrendo. E o guerreiro tem direito ao seu descanso”, disse o ex-presidente na época.

Últimos momentos
A saúde do ex-presidente já vinha inspirando cuidados. No último domingo (11), em entrevista ao jornal argentino Tiempo, Orsi — afilhado político de Mujica — afirmou que ele vivia “um momento crítico de saúde”.
“Estamos tentando protegê-lo e impedi-lo de fazer coisas que possam prejudicá-lo. Algumas das ações recentes parecem tê-lo afetado”, disse Orsi na ocasião. Na segunda-feira (12), a esposa de José Alberto “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, informou que o político vive a fase terminal de um câncer de esôfago que se espalhou pelo corpo.
A esposa, Lucía Topolansky, concedeu entrevista à rádio Sarandí, na qual disse que Mujica está “perto de partir”. Ela ressaltou ainda que o ex-presidente está sob cuidados paliativos, para que viva seus últimos dias da melhor forma possível.
Quem era Pepe Mujica
O ex-presidente do Uruguai nasceu em Montevidéu. Ele chegou a iniciar uma graduação em Direito no Instituto Alfredo Vásquez Acevedo (Iava), contudo, não concluiu a graduação.
Mujica começou a exercer a militância pelo Partido Nacional após os 20 anos e em 1962, o ex-presidente deixou a antiga legenda e fundou o “Unión Popular”. A partir de 1970, ele iniciou sua luta contra a ditadura militar, chegando a ser preso quatro vezes.
Ele foi chefe do Executivo do país entre 2010 e 2015 e governou com foco nas áreas de educação, segurança, meio ambiente e energia. Suas ideias progressistas levaram a aprovação da discriminação do aborto e do casamento entre homossexuais.
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