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Internacional

EUA deixam de recomendar vacina contra covid para crianças e gestantes saudáveis

Agora, a vacina contra a covid-19 será recomendada apenas para pessoas em situação de vulnerabilidade.

O governo dos Estados Unidos anunciou, nessa terça-feira (27), o fim da recomendação oficial de vacinação contra a covid-19 para gestantes e crianças saudáveis. A decisão foi divulgada pelo secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., por meio de um vídeo nas redes sociais.

"Hoje, a vacina contra a covid para crianças e gestantes saudáveis foi removida do calendário de imunização recomendado pelo CDC", afirmou Kennedy, referindo-se ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças. "Resumindo: é bom senso e ciência comprovada. Estamos agora um passo mais perto de concretizar a promessa do presidente de tornar a América saudável novamente", concluiu.

A medida vem na esteira de mudanças já anunciadas pelo governo de Donald Trump na semana anterior, que passaram a restringir a vacinação apenas a grupos de risco. Com isso, os EUA alinham sua política sanitária à de diversos países europeus, que também não recomendam mais a vacina contra a covid para pessoas saudáveis fora dos grupos de risco.

Jay Bhattacharya, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde, defendeu a mudança: “É senso comum e é boa ciência”. Já Marty Makary, comissário da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), afirmou que "não há evidências de que crianças saudáveis precisem disso hoje, e a maioria dos países parou de recomendar para crianças".

Pela nova diretriz americana, a vacina contra covid-19 continuará sendo recomendada apenas para pessoas com maior vulnerabilidade, como idosos com 65 anos ou mais e indivíduos com condições de saúde que os colocam em risco.

Brasil segue caminho oposto

Na contramão das mudanças adotadas pelos EUA e pela Europa, o governo brasileiro mantém a vacinação contra a covid-19 obrigatória para crianças de 6 meses a 5 anos. A medida é respaldada pelo Ministério da Saúde e está prevista no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Os pais que não vacinarem seus filhos podem sofrer sanções legais, como a proibição de matrícula em escolas públicas e até a perda da guarda em casos extremos.

Reações e críticas

Apesar do apoio da nova diretriz por parte de integrantes do governo norte-americano, a decisão também gerou críticas. O presidente do Comitê de Doenças Infecciosas da American Academy of Pediatrics, Sean O’Leary, considerou a medida "realmente preocupante".

"Essa mudança pode causar confusão não apenas entre os pais, mas também entre os profissionais de saúde pública e médicos", alertou O’Leary, destacando o risco de desinformação em um cenário ainda sensível quanto à prevenção da covid-19.

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