Durante uma sessão emergencial do Conselho de Segurança da ONU, realizada na sexta-feira (20), Israel acusou o Irã de planejar assassinatos contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A denúncia foi feita pelo embaixador israelense Danny Danon, que afirmou que o regime iraniano fomenta o terrorismo e busca eliminar lideranças do Ocidente. A reunião ocorreu em meio à escalada das tensões no Oriente Médio, após ataques de Israel a instalações nucleares iranianas.
O encontro foi convocado pelo próprio Irã, dias depois da ofensiva israelense que, segundo Tel-Aviv, teve caráter preventivo e mirou centros estratégicos do programa nuclear de Teerã. No plenário da ONU, Danon criticou duramente o governo iraniano, acusando o líder supremo do país de promover uma agenda genocida e reiterando que o Irã busca destruir Israel e os Estados Unidos. O embaixador disse que Teerã não tem legitimidade para solicitar apoio internacional diante das próprias ações militares e ideológicas.

Na semana anterior, Israel confirmou a realização de ataques contra bases nucleares iranianas, alegando que a ofensiva foi uma resposta a ameaças concretas de Teerã. O primeiro-ministro Netanyahu declarou publicamente que novas ações militares serão executadas contra qualquer instalação iraniana considerada uma ameaça. “Onde houver ameaça, haverá resposta”, afirmou o premiê em pronunciamento à população no último sábado, 14.
Israel também intensificou os apelos por apoio militar dos Estados Unidos. De acordo com autoridades israelenses, apenas uma ação conjunta com as forças norte-americanas pode garantir a destruição total da infraestrutura nuclear iraniana. Até o momento, a Casa Branca segue evitando o envolvimento direto, mas acompanha a situação com atenção. Internamente, o governo dos EUA reconhece o direito de defesa de Israel, mas tenta manter a diplomacia em primeiro plano.
Países árabes da região, embora silenciosos em apoio direto a Israel, manifestam preocupação com o avanço do programa atômico do Irã. A possibilidade de uma corrida armamentista no Oriente Médio ou de um conflito de grandes proporções preocupa governos vizinhos, que veem o fortalecimento bélico do Irã como um risco à estabilidade regional.
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