Francielle Barroso
O Governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (03) um novo pacote de sanções econômicas contra uma rede internacional de empresas e embarcações acusadas de facilitar a exportação clandestina de petróleo do Irã. Segundo o Departamento do Tesouro, o objetivo é bloquear o financiamento da Força Qods, braço de operações especiais do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC-QF), considerada uma organização terrorista pelos EUA.
As sanções miram um esquema de transporte e comercialização de petróleo iraniano disfarçado como se tivesse origem no Iraque. De acordo com as autoridades americanas, o empresário iraquiano-britânico Salim Ahmed Said controlava empresas que utilizavam documentos falsificados e técnicas como a transferência de carga de navio para navio para ocultar a verdadeira procedência do produto. Além das empresas, várias embarcações foram sancionadas por participarem ativamente da chamada "frota fantasma" do Irã, envolvida na entrega secreta de petróleo.
Em outra frente, o Tesouro também anunciou sanções contra altos funcionários e uma entidade vinculada à instituição financeira Al-Qard Al-Hassan, controlada pelo Hezbollah. De acordo com o governo norte-americano, essas autoridades teriam movimentado milhões de dólares em transações destinadas a beneficiar o grupo, mas ocultadas por estruturas financeiras paralelas.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, justificou as medidas afirmando que “o Tesouro continuará a visar as fontes de receita de Teerã e intensificará a pressão econômica para interromper o acesso do regime aos recursos financeiros que alimentam suas atividades desestabilizadoras”. Ele também declarou que “embora [o Irã] tenha tido todas as oportunidades de escolher a paz, seus líderes optaram pelo extremismo”, ressaltou.
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