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Saiba quais os próximos passos da Itália após renúncia de Mario Draghi

País convocou eleições gerais para escolha de novo primeiro-ministro após a renúncia de Draghi.

A renúncia de Mario Draghi como primeiro-ministro da Itália nesta quinta-feira, 21, abriu um período de incerteza política na terceira maior economia da Europa. Com um sistema republicano parlamentarista, o parlamento foi dissolvido pelo presidente para a convocação de novas eleições gerais e o poder interino continua nas mãos de Draghi, um político que viu o seu governo implodir e pediu a renúncia duas vezes.

A perda desta liderança política acontece no momento em que a Itália lida com a inflação crescente, com uma crise de custos de energia, uma seca severa e com reformas pendentes para garantir 200 bilhões de Euros da União Europeia em fundos de recuperação.

Novas eleições já foram convocadas; outras possibilidades, deixadas de lado. Abaixo, veja os principais pontos dos próximos passos italianos para a escolha do novo líder:

Novo governo ou eleições antecipadas?

A Itália podia manter Mario Draghi como chefe interino do governo até o final da legislatura, no início de 2023, ou convocar eleições antecipadas. Com a dissolução do parlamento assinada pelo presidente Sergio Mattarella nesta quinta-feira, a segunda opção é a que vai se realizar.

Assim como Boris Johnson no Reino Unido, Mario Draghi continua no cargo até a data das eleições, que serão realizadas rapidamente.

A primeira possibilidade era improvável porque a renúncia do premiê foi antecedida pela perda de apoio da coalizão parlamentar que o sustentava. “Parece claro que as condições para um novo governo não estão reunidas”, afirmou à AFP o professor de direito constitucional Gaetano Azzariti, da Universidade La Sapienza de Roma.

Como a Itália é uma república parlamentar, a maioria do parlamento é quem decide o governante do país, não o presidente. “E a resposta do parlamento foi muito clara”, reiterou Azzariti.

Qual é a data das eleições antecipadas?

As eleições na Itália ocorrerão no dia 25 de setembro, devido à obrigação constitucional de realizá-la 70 dias após a dissolução das duas câmaras do Parlamento O decreto de dissolução foi assinado nesta quinta-feira por Sergio Mattarella.

O calendário das eleições precisa lidar com a exigência da apresentação da lei orçamentária antes do dia 15 de outubro. Os italianos precisam equilibrar essa obrigação com a organização das eleições, a campanha eleitoral, a nomeação e a posse do novo governo.

Após a eleição, o Parlamento deve se reunir dentro de 20 dias. Com a data estimada, a reunião acontece no dia 15 de outubro.

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