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Teresina - Piauí

Ato na Avenida Frei Serafim protesta contra morte de Camilla Abreu

A jovem foi morta pelo namorado, o capitão da Polícia Militar Allisson Wattson, com um tiro no rosto.

Marcelo Cardoso/GP1 1 / 21 Mulher pede justiça pela morte de Camilla Mulher pede justiça pela morte de Camilla
Marcelo Cardoso/GP1 2 / 21 Manifestação na Frei Serafim em Teresina Manifestação na Frei Serafim em Teresina
Marcelo Cardoso/GP1 3 / 21 Chega de Feminicídio Chega de Feminicídio
Marcelo Cardoso/GP1 4 / 21 Crianças participam do ato pela morte de Camilla Crianças participam do ato pela morte de Camilla
Marcelo Cardoso/GP1 5 / 21 Luíza Amelia Militante Luíza Amelia Militante
Marcelo Cardoso/GP1 6 / 21 Luto pela morte de Camilla Luto pela morte de Camilla
Marcelo Cardoso/GP1 7 / 21 Dona Madalena Dona Madalena
Marcelo Cardoso/GP1 8 / 21 Major Elizete Major Elizete
Marcelo Cardoso/GP1 9 / 21 Major Elizete participou do ato Major Elizete participou do ato
Marcelo Cardoso/GP1 10 / 21 Malu militante Malu militante
Marcelo Cardoso/GP1 11 / 21 Mulheres acedem velas em protesto Mulheres acedem velas em protesto
Marcelo Cardoso/GP1 12 / 21 Mulheres contra o Feminicídio Mulheres contra o Feminicídio
Marcelo Cardoso/GP1 13 / 21 Mulheres deitada no chão em protesto pela morte da Camilla Mulheres deitada no chão em protesto pela morte da Camilla
Marcelo Cardoso/GP1 14 / 21 Mulheres em luto pela morte de Camilla Abreu Mulheres em luto pela morte de Camilla Abreu
Marcelo Cardoso/GP1 15 / 21 Mulheres pela democracia Mulheres pela democracia
Marcelo Cardoso/GP1 16 / 21 Professora da UFPI do curso de ciências socias e alunos Professora da UFPI do curso de ciências socias e alunos
Marcelo Cardoso/GP1 17 / 21 Varias Mulheres participam do ato Varias Mulheres participam do ato
Marcelo Cardoso/GP1 18 / 21 Velas no ato público Velas no ato público
Marcelo Cardoso/GP1 19 / 21 Mulher de luto Mulher de luto
Marcelo Cardoso/GP1 20 / 21 Mulheres participam de manifestação na avenida Frei Serafim em Teresina Mulheres participam de manifestação na avenida Frei Serafim em Teresina
Marcelo Cardoso/GP1 21 / 21 Mulheres deitadas do chão em protesto Mulheres deitadas do chão em protesto

Aconteceu, na noite desta quarta-feira (31), na avenida Frei Serafim, em frente ao supermercado Bompreço, um ato público contra a morte da estudante Camilla Abreu pelo namorado e capitão da Polícia Militar Allisson Wattson.

A professora de graduação em Serviço Social e do mestrado em Sociologia da UFPI, Francineide Pires, participou da manifestação e falou da importância do ato: “A minha temática é essa, gênero, violência contra as mulheres e eu suspendi a aula [de hoje] e convidei os alunos porque a parte de reação da sociedade à violência contra as mulheres está muito fraca. Nós precisamos entender que a presença física nos movimentos é extremamente necessária porque nós temos observado uma tendência secular de avaliar o comportamento da vítima morta, como se ela tivesse corrido atrás de ser assassinada, enquanto o agressor, o assassino, encontra inúmeras justificativas. Por isso estou aqui com meus alunos”, explicou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Ato de Mulheres pela morte de Camilla Abreu Ato de Mulheres pela morte de Camilla Abreu

Werick, que é estudante do mestrado em Sociologia da UFPI, disse que os homens devem atuar também nas causas em favor das mulheres: “A importância dos homens atuarem é que, uma vez que as relações sociais são estabelecidas entre os gêneros, o homem tem qeu atuar também a partir de um novo modelo de masculinidade, um modelo em que as mulheres sejam respeitadas e esse respeito perpassa pela própria formação do homem, na medida em que nós nos relacionamos em sociedade”, afirmou.

“A importância dos homens se declararem feministas e atuarem verdadeiramente enquanto feministas implica em novas tomadas de posições, novas formas de pensamento, em uma desconstrução desses valores patriarcais, misóginos, sexistas, homofóbicos, lesbofóbicos, transfóbicos que legitimam uma série de desigualdades sociais que nós temos, que são desigualdades que inferiorizam a mulher, colocam a mulher numa situação de subalternidade, então a atuação do homem é importantíssima nesse sentido, para fortalecer a luta contra essas violências e também toda a estrutura de desigualdade entre homens e mulheres”, relatou.

A major Elizete, que faz parte da comunicação da Polícia Militar, também esteve presente na manifestação: “Estou nesta manifestação a convite de outras mulheres que foram as organizadoras, porque como mulher, como mãe de uma menina moça que está começando agora a se relacionar, qualquer uma de nós pode vir a ser vítima, ou alguma parenta nossa, e para que isso não aconteça mais a gente resolveu se manifestar, e também para que sejam adotas as medidas cabíveis”, declarou.

“Como policial militar, é bem simbólica a minha participação aqui, porque significa que a nossa polícia não coaduna com qualquer tipo de atitude criminosa”, garantiu.

A major explicou também que somente o Tribunal de Justiça pode decidir pela perda da patente do capitão Allisson Wattson: “Para efeito de conhecimento, de esclarecimento, muita gente está exigindo da polícia que o oficial seja expulso da corporação, quando na verdade a competência legal para a perda de patente é do Tribunal de Justiça, a PM até faz o procedimento e até opina, mas quem decide é o TJ”, esclareceu.

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