Elmano Férrer rebate Assis Carvalho e diz que não é “traidor”

O senador Elmano Férrer (PMDB) não deixou sem respostas a declaração do deputado federal e presidente regional do PT do Piauí, Assis Carvalho que, ao GP1, criticou seu posicionamento político. Férrer disse que não é “ameaça para ninguém” e que não se considera um traidor só por ter opiniões divergentes, a exemplo da reforma trabalhista a qual julga necessária para o país.

Elmano deu realce as diferentes atribuições do Executivo e do Legislativo e lembrou que o cargo que exerce hoje não pertence a ele ou a partido político e sim ao povo, que o elegeu.

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• Foto: Marcelo Cardoso/GP1Senador Elmano Ferrer

“Não sou ameaça para ninguém. Tenho consciência de que estou trabalhando muito. O trabalho do parlamentar é lento, não é um trabalho como do Executivo que você chega, consegue um dinheiro e executa a obra. Não estou traindo ninguém, estou seguindo o caminho que acho correto. O mandato não é meu, não é do PT, não é do PTB, o mandato é de um milhão de pessoas que votaram em mim”, disse o senador.

Elmano também ressaltou que adota uma postura de independência e criticou o que chamou de patrulhamento das ações alheias. “Tenho as minhas convicções políticas, não sou preso a grupos. Sou uma pessoa independente. Procuro exercer o meu mandato em sintonia com os interesses da maioria da população. Agora, patrulhar pessoas isso fica pra outro, não pra mim”, ironizou o peemedebista.

• Foto: Lucas Dias/GP1Assis Carvalho

Questionado em que sentido caberia a afirmação de que não é uma ameaça, o senador esclareceu. “Em todos os sentidos, em relação a ideologia, em relação a partido. Muita gente faz análises para 2018 me colocando no cenário, mas eu sempre descarto essa possibilidade e digo que não! Fui eleito numa coligação com PT e eu respeitei, veja as minhas posições do passado”, ponderou Férrer.

As colocações de Elmano foram em resposta às declarações de Assis Carvalho que ao GP1, afirmou que o senador tinha outro compromisso com a sociedade nas eleições de 2014, quando foi eleito na mesma coligação encabeçada pelo governador do Piauí Wellington Dias (PT). Quando fez as ponderações, o parlamentar federal falava a respeito da decisão de Férrer em se colocar a favor da reforma trabalhista que é amplamente rechaçada pelos petistas.