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Homem mata 4 pessoas dentro de Catedral em Campinas e se suicida

Para a polícia, a ação foi premeditada.

Um homem, de cerca de 35 anos, entrou na Catedral Metropolitana de Campinas, no interior paulista, por volta das 13 horas desta terça-feira, 11, e atirou contra oito pessoas que estavam rezando no local. Quatro pessoas morreram e as outras foram socorridas. Segundo a polícia, agentes entraram na igreja e dispararam contra o homem. Ele, então, teria caído no chão e se matado em seguida.

A catedral fica na região central de Campinas, e houve corre-corre na hora do ataque, principalmente na Rua 13 de Maio, uma das mais movimentadas do comércio local. Para a polícia, a ação foi premeditada. "Ele não chegou atirando. Ele estava sentado, parado e quando se levantou começou a atirar nas pessoas", disse o delegado Hamilton Caviola Filho, do 1º DP de Campinas, responsável pelo policiamento na região.

  • Foto: Maycon Soldan/Fotoarena/Estadão ConteúdoSuspeito atirou contra fiéis dentro de igreja na região central, na tarde desta terça-feiraSuspeito atirou contra fiéis dentro de igreja na região central, na tarde desta terça-feira

Segundo Caviola, as imagens das câmeras de monitoramento da igreja mostram o homem sentando nos fundos e analisando o ambiente. Depois de algum tempo, ele se levantou e passou a disparar contra os fiéis que estavam na catedral com uma pistola calibre .40mm e um revólver calibre .38mm. O atirador que estava sem documentos tinha ainda dois carregadores.

As vítimas, diz Caviola, são três homens e uma mulher, cujas identidades não haviam sido divulgadas até as 16 horas desta terça. O delegado informou que haverá um trabalho de perícia técnica dentro da igreja. Depois, os corpos serão liberados ao Instituto Médico Legal (IML) de Campinas, para identificação dos que não tiverem documentos.

  • Foto: Maycon Soldan/Fotoarena/Estadão ConteúdoAtentado em Campinas Atentado em Campinas

Segundo o delegado, dois policiais militares que estavam do lado de fora da igreja ouviram os disparos e correram para a igreja. Um deles acertou um tiro na perna do atirador, que se matou em seguida. A Polícia Civil vai tentar identificar o atirador, para descobrir a motivação do crime.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreu os feridos para hospitais de Campinas. Dois feridos estão no Hospital Municipal Mário Gatti, um no Hospital de Clínicas da Unicamp e outro no hospital Beneficência Portuguesa.

Motivação é desconhecida

O secretário de Segurança em Campinas, Luiz Augusto Baggio, disse que ainda não há indicação sobre a identidade do autor dos disparos. "A polícia está investigando quem é o autor. É um episódio insano. Ele (atirador) entrou dentro da Catedral como se estivesse indo à missa", disse Baggio.

Em nota, a Arquidiocese de Campinas informou que a catedral segue fechada e que motivação do crime ainda é desconhecida. "Assim que dispusermos de mais informações, as disponibilizaremos. Contamos com as orações de todos neste momento de profunda dor."

Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que mobilizou o Samu, a Rede Mário Gatti, a Guarda Municipal e a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) para atender às vítimas do ataque. No texto, a prefeitura disse que a prioridade no momento é "dar total atenção aos feridos e às famílias das vítimas".

A gerente de uma loja de alianças que fica perto da catedral ouviu o barulho dos disparos e se assustou. "Ouvimos muitos tiros, mais de 20. Ouvi, mas não estava entendendo. Só fui entender quando as pessoas entraram correndo e gritando dentro da loja", disse Patrícia Silvério, de 40 anos.

"Vi um senhor, todo ensanguentado, correndo, até que uma ambulância o segurou." Segundo ela, várias lojas das redondezas fecharam as portas e uma faixa amarela faz o isolamento do local.

Pedro Rodrigues estava dentro da Catedral e viu quando o atirador entrou na igreja e fez os disparos. "Era hora do almoço e fazia uns 5 minutos que a missa tinha acabado. Ele chegou com a arma em punho e saiu atirando. Sempre pensei que a igreja era um lugar seguro", disse Rodrigues.

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