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Teresina - Piauí

Jair Bolsonaro diz que é apaixonado politicamente por Mão Santa

"Eu gosto do Mão Santa, sou apaixonado por ele politicamente, pelos seus posicionamentos em Brasília, enquanto senador (...)", declarou.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) chegou ao Piauí, no início da tarde desta quarta-feira (05). Ele desembarcou no aeroporto Petrônio Portella às 12h30 e causou tumulto e empurra-empurra. O parlamentar vai cumprir agenda em Teresina e Parnaíba até nesta quinta-feira (06).

O parlamentar discursou em um terreno ao lado do estacionamento do aeroporto para um público de aproximadamente 400 pessoas, que o acompanhou e reagiu às suas declarações. Na multidão havia estudantes, militares, profissionais da imprensa e até mesmo pessoas vindas de outros estados.

Durante seu discurso, Jair Bolsonaro afirmou que a violência deve ser combatida com violência e comparou o Brasil a um elefante que deve ser retirado da areia movediça.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Bolsonaro discursa para cerca de 400 pessoas no aeroporto de TeresinaBolsonaro discursa para cerca de 400 pessoas no aeroporto de Teresina

Em entrevista aos jornalistas, ainda no aeroporto, Bolsonaro tratou de questões polêmicas como ideologia de gênero, legalização do aborto, lista fechada, porte de armas e também sobre Mão Santa, ex-governador do Piauí e atual prefeito de Parnaíba.

Jair Bolsonaro foi questionado se a visita dele ao Piauí foi para convencer Mão Santa a ser seu candidato a vice-presidente nas eleições de 2018: “Não vim convencer nada, vim aqui dar um abraço nele e bater um papo com ele, eu não sou nem candidato. Eu não tenho namorada ainda e você já quer que eu marque a data do casamento? Eu gosto do Mão Santa, sou apaixonado por ele politicamente, pelos seus posicionamentos em Brasília, enquanto senador, e se ele foi eleito aqui em Parnaíba, num estado que é dominado grande parte pelo PT é sinal que ele tem um grande valor”, declarou.

Questionado porque ele considera a ideologia de gênero uma praga, o deputado respondeu: “Você tem que respeitar a criancinha em sala de aula, pergunte pra qualquer pai se ele quer que seu filho assista filme na escola de duas meninas se beijando, por exemplo, como o que tá previsto na ideologia de gênero e eu tenho comigo esse material em Brasília”.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Deputado Jair BolsonaroDeputado Jair Bolsonaro

Para o parlamentar a lista fechada, em que o eleitor não vota diretamente no seu deputado, mas sim no partido, e os candidatos são eleitos a partir de listas partidárias pré-definidas “é a saída para os corruptos se darem bem”.

Jair Bolsonaro garantiu ainda que a legalização do aborto nunca terá o seu voto: “Se depender de mim nunca vai ter meu voto, se chegar lá [na Câmara dos Deputados] vai ter o meu veto também”.

O deputado foi duro ao comentar sobre a possibilidade de Lula ser eleito presidente em 2018: “É um excelente candidato para continuar roubando o nosso Brasil”.

Bolsonaro também respondeu o que ele gostaria de fazer no Brasil se fosse eleito presidente: “Primeiro que eu não sou candidato a presidente, mas eu gostaria de uma política de planejamento familiar, abrir o comércio para o mundo todo, jogar pesado na questão da insegurança do nosso Brasil, agregar valores aos que produzimos como riquezas e minerais em abundância que estão sendo explorados de forma predatória, facilitar a vida do produtor rural, respeitar as crianças em sala de aula, mudar o currículo escolar, porque escola não é lugar pra criancinha aprender esse tipo de coisa que esse Governo vem ensinando”, enumerou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Ativistas recebem Jair Bolsonaro em TeresinaAtivistas recebem Jair Bolsonaro em Teresina

Sobre a liberação do porte de armas para melhorar a segurança, Jair disse: “Primeiro momento, posse de arma de fogo para cidadão de bem, lá no rio a bandidada tá de fuzil. Por que vão continuar negando uma pistola para o cidadão ter dento de casa?”.

Em relação ao Governo Temer ele avaliou: “Não é o dos meus sonhos, é o que temos, mas não se compara com o de Dilma no tocante à ideologia, o que a Dilma estava conduzindo nosso Brasil era nos levar a um regime parecido com o venezuelano”.

E por fim, mesmo reafirmando ser candidato a presidente Bolsonaro pontuou: “Você pode ter certeza, eu vou ser diferente, eu sou diferente, estou no sétimo mandato, o pessoal me conhece. Eu não sou polêmico, eu não fujo do debate e sei que quando você quer arrumar alguma coisa no Brasil, às vezes, incomoda muita gente”, finalizou.

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