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Teresina - Piauí

Jeová Alencar nega interferência na eleição da Câmara e faz desafio

"Eu desafio a qualquer um a comprovar que teve interferência de outros Poderes na eleição da Câmara", disse Jeová.

O presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Jeová Alencar (PSDB) conversou com o GP1 e, na oportunidade, desafiou qualquer pessoa a provar que a eleição da nova Mesa Diretora da Casa, realizada na última quinta-feira (16), tenha ocorrido sob interferência do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, deputado Themístocles Filho (PMDB) e do Palácio de Karnak.

Ele assegurou que todo o processo eleitoral da Casa contou com o apoio de 20 vereadores que subscreveram o requerimento que tratava sobre a antecipação do pleito em um ano.

“Primeiro eu desafio quem quer que seja a mostrar uma prova de que houve interferência do deputado Themístocles e do Governo do Estado. Eu e o deputado terminamos de formatar um convênio entre a Câmara e a TV Assembleia. Nós já estamos com as transmissões via web, mas sonho em colocar nossa transmissão na TV aberta. E a minha oportunidade é a TV Assembleia. Então eu venho conversando com o deputado Themístocles”, disse Jeová que prosseguiu com os esclarecimentos.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Jeová Alencar, vereador de Teresina Piauí Jeová Alencar, vereador de Teresina Piauí

“E entre essas conversas eu pedi para o deputado Themístocles, se ele pudesse, reforçar com voto do professor Zé Nito, e ele até brincou comigo: ‘meu presidente, voto de vereador meu é livre. Se ele fechar com você, ele fica com você, mas também se ele quiser acompanhar o prefeito Firmino Filho, ele irá acompanhar o prefeito Firmino. Da minha parte não terá interferência, eles são livres. É um assunto de vocês da Câmara. Saí da Assembleia e procurei o professor Zé Nito e pedi pra ele o voto dele. Ele disse pra mim: ‘Jeová até agora ninguém me procurou. E eu lhe dou minha palavra que voto em você e foi isso que aconteceu. Não existe nenhuma força externa.”

Jeová ainda lembrou que todo o processo que culminou com sua reeleição durou mais de 90 dias e que tudo foi feito às claras, com apoio irrestrito da grande maioria dos vereadores da Casa.

“Foram 20 vereadores que subscreveram o requerimento e outra coisa, quando colocamos o requerimento, dos 27 vereadores presentes, 24 aprovaram e dos 24, 20 assinaram. Não existe orquestração por parte do PT, como existe orquestração se 20 assinaram? A reeleição foi votada há 95 dias, em dois turnos, depois teve o regimento em um turno que todo mundo votou. Com exceção da Graça Amorim, Edson Melo e R. Silva. Portanto, foi uma coisa altamente democrática, dentro da legalidade, da moralidade que essa Casa tem e, principalmente, da independência do Poder. Se colocou a antecipação da eleição, não tinha nem a chapa pronta, pois nessa Casa já é de costume que se formate no dia da eleição”, lembrou o tucano.

Jeová Alencar fez questão de reafirmar sua postura de retidão e integridade junto a Firmino Filho, inclusive, relembrou o pleito de 2012, quando decidiu apoiar o atual prefeito, ao invés, de seguir a orientação de seu partido, à época, que estava aliado ao então chefe do Palácio da Cidade, Elmano Férrer.

“Não fizemos nada para afrontar o prefeito ou quem quer que seja. Nós não sabíamos que ele estaria viajando, fomos pegos de surpresa. Eu sempre fui muito íntegro e correto com o prefeito. A prova foi na eleição para prefeito de 2012, quando eu estava no PTC e decidi não apoiar o Elmano para apoiar o Firmino, no momento em que ninguém queria ficar ao lado dele. Aliás, eu corri o risco de sofrer punição e até mesmo perder meu mandato. Continuo acreditando no trabalho dele, continuo com ele. Esse ano qual foi a dificuldade que o prefeito Firmino Filho teve aqui nessa Casa? Não entendi a reação do prefeito em cima da minha pessoa. Essa reação de barrar uma candidatura que é da Casa, de um aliado de primeira hora, que sempre esteve do lado dele”, lamentou o presidente da Câmara.

Questionado se havia sido procurado por Firmino Filho para conversar, Jeová Alencar disse: “Ainda não, mas tenho certeza que vamos conversar. Somos duas pessoas civilizadas. Acredito que será um diálogo de bom nível, dentro dos padrões, da ética e da moralidade.”

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