Fechar
GP1

Teresina - Piauí

Manifestantes decidem desocupar Terminal de Petróleo em Teresina

De acordo com Igor Stefânio, um dos líderes do movimento, os manifestantes decidiram deixar o local porque eles não conseguiram a adesão de toda a população.

Marcelo Cardoso/GP1 1 / 15 Caminhões deixam Terminal de Petróleo em Teresina Caminhões deixam Terminal de Petróleo em Teresina
Marcelo Cardoso/GP1 2 / 15 Terminal de Petróleo em Teresina Terminal de Petróleo em Teresina
Marcelo Cardoso/GP1 3 / 15 Caminhões começam a deixar terminal Caminhões começam a deixar terminal
Marcelo Cardoso/GP1 4 / 15 Polícia Rodoviária Federal conseguiu convencer manifestantes a deixar o terminal Polícia Rodoviária Federal conseguiu convencer manifestantes a deixar o terminal
Marcelo Cardoso/GP1 5 / 15 Fabrício Loiola Fabrício Loiola
Marcelo Cardoso/GP1 6 / 15 Caminhões deixando o Terminal de Petróleo em Teresina Caminhões deixando o Terminal de Petróleo em Teresina
Marcelo Cardoso/GP1 7 / 15 PRF coordenou ação PRF coordenou ação
Marcelo Cardoso/GP1 8 / 15 Manifestantes deixam Terminal do Petróleo em Teresina Manifestantes deixam Terminal do Petróleo em Teresina
Marcelo Cardoso/GP1 9 / 15 Humberto Guimarães Humberto Guimarães
Marcelo Cardoso/GP1 10 / 15 Elizeu Moreira Silva Elizeu Moreira Silva
Marcelo Cardoso/GP1 11 / 15 Líder comunitário Elizeu conversa com manifestantes Líder comunitário Elizeu conversa com manifestantes
Marcelo Cardoso/GP1 12 / 15 Policiais rodoviários dialogam com manifestantes Policiais rodoviários dialogam com manifestantes
Marcelo Cardoso/GP1 13 / 15 Manifestante chora Manifestante chora
Marcelo Cardoso/GP1 14 / 15 Manifestantes retiram galhos Manifestantes retiram galhos
Marcelo Cardoso/GP1 15 / 15 Igor Stefânio Igor Stefânio

Após 12 horas de negociação os manifestantes decidiram, na noite desta segunda-feira (28), desocupar o Terminal de Petróleo de Teresina. A Polícia Rodoviária Federal conversou com o grupo que decidiu deixar o local pacificamente. Os caminhões-tanques já começaram a sair do terminal.

De acordo com Igor Stefânio, um dos líderes do movimento, os manifestantes decidiram deixar o local porque eles não conseguiram a adesão de toda a população. "Eu como representante da classe que estava aqui hoje estou decidindo abrir mão desses seis dias que estávamos aqui porque é desproporcional à força. A gente não teve apoio da população em massa, tendo em vista que essa era uma luta para todos. Às vezes recuar não significa que a gente perdeu não, às vezes recuar significa dizer que a gente vai vir forte na contrapartida. Então eu espero que na próxima vez que a gente fizer, a população venha e nos apoie, porque isso não é para só para a gente não. Toda a população em geral. Muito obrigado a todos que estiveram presentes, que fizeram doações, a todos que nos apoiaram. Não significa dizer que a gente não vai retornar, a gente está desobstruindo hoje. A gente perdeu a batalha hoje, a guerra continua", destacou.

Humberto Guimarães, um dos manifestantes, destacou o trabalho da PRF e fez críticas ao Governo do Piauí. "O principal motivo foi a PRF com sua educação, com seu jeito de trabalhar, não destratou ninguém ao contrário do estado, que destratou todo mundo. O governador não teve a coragem de mandar um representante aqui. Mandou foi a polícia para baixar o cacete, entendeu? A ordem é essa. Não teve coragem de mandar ninguém para saber o porquê da paralisação. Fez o que ele sabe fazer, usar a força. E pronto, acabou".

PRF

Após 12 horas de negociação, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) conseguiu negociar com os manifestantes, que resolveram deixar o local pacificamente. Parte da BR 343, no trecho próximo ao terminal de petróleo, foi bloqueado para que os caminhões pudessem passar. Até o momento 37 caminhões já deixaram o local.

Gás de cozinha

No fim da tarde desta segunda-feira (28) o presidente do Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logística do Piauí, Humberto Lopes, afirmou que caminhões com gás de cozinha, que estavam retidos em Caxias, no Maranhão, já estavam liberados. “Agora vamos abastecer os depósitos, porque estávamos liberando funcionário por falta de gás”, afirmou.

Reunião com secretário de Segurança

No início desta tarde os manifestantes que permaneciam na entrada do terminal de petróleo da capital pediram a presença do secretário de segurança, Rubens Pereira, para que uma possível negociação fosse feita. Após uma reunião com representantes do movimento, o secretário deu a ordem de que o terminal fosse liberado. Caso a ordem não fosse aceita, a polícia poderia fazer o uso da força para tirar os manifestantes.

Petrobras

Após oito dias de protestos no país, a Petrobras já perdeu mais de R$ 128 bilhões em valor de mercado. A petroleira, que recentemente desbancou a Ambev e ficou no topo como a empresa brasileira com maior valor de mercado na bolsa de valores, perdeu o posto após a greve dos caminhoneiros. Somente nesta segunda a empresa teve 14% de perda nas ações, valendo apenas R$ 259 bilhões.

Resumo da greve dos caminhoneiros no Brasil

No domingo (27) o presidente Michel Temer anunciou a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel. Apesar do anúncio, caminhoneiros de todo o país seguiram os protestos. Por volta das 20h desta segunda a Infraero informou que 10 aeroportos estavam sem combustível, inclusive o aeroporto Senador Petrônio Portela, em Teresina.

Além de Teresina, estão sem combustível os aeroportos de São José dos Campos (SP), Campina Grande (PB), Uberlândia (MG), Juazeiro do Norte (CE), Foz do Iguaçu (PR), Aracajú (SE), Paulo Afonso (BA), Palmas (TO) e Pampulha (MG). Dos aeroportos administrados pela companhia, 99 voos foram cancelados apenas nesta segunda.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou que por conta da greve dos caminhoneiros, cerca de 70 milhões de aves já morreram por falta de ração. O número de bloqueios em rodovias, de acordo com a mídia nacional, subiu para 594.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.