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Teresina - Piauí

Terceirizados do Hospital da PM do Piauí estão sem receber salários

De acordo com Jaqueline Lemos, os pagamentos foram realizados até o mês de outubro de 2018 e de lá para cá os servidores estão acumulando prejuízos, sem ter como pagar contas básicas do dia a

Hélio Alef/GP1 1 / 4 Terceirizados realizam greve no Hospital da Polícia Terceirizados realizam greve no Hospital da Polícia
Hélio Alef/GP1 2 / 4 Greve no HPM dos funcionários terceirizados Greve no HPM dos funcionários terceirizados
Hélio Alef/GP1 3 / 4 Ambulância do Hospital da Polícia Ambulância do Hospital da Polícia
Hélio Alef/GP1 4 / 4 Greve dos terceirizados em frente ao Hospital da Polícia Greve dos terceirizados em frente ao Hospital da Polícia

Cerca de 90 servidores terceirizados, que prestam serviços ao Hospital da Polícia Militar do Piauí (HPM), estão sem receber salários há quatro meses. Por conta disso, os trabalhadores resolveram fazer uma manifestação em frente ao HPM na manhã desta quarta-feira (27) para cobrar providências de três empresas (Mega on, Belazarte e Ação Consultoria e Serviços) responsáveis pelos funcionários.

De acordo com Jaqueline Lemos, os pagamentos foram realizados até o mês de outubro de 2018 e de lá para cá os servidores estão acumulando prejuízos, sem ter como pagar contas básicas do dia a dia e, ainda assim, comparecem ao trabalho diariamente.

“Essa situação está horrível, a gente olha para trás e tem medo da própria sombra e é impossível a gente viver assim. Eu moro em Pau D’Arco do Piauí e não estou mais conseguindo continuar dessa forma. São três empresas com 84 funcionários, que estão ouvindo promessas todos os dias. As empresas colocam culpa no governo, que joga para a empresa e a história é sempre a mesma, sem previsão de solução”, explicou.

Ainda segundo a servidora, vários trabalhadores estão enfrentando problemas em decorrência da falta de pagamento. Em média, cada um deles tem cerca de R$ 4 mil para receber ao longo dos últimos quatro meses. “Todo dia a gente tem que trabalhar, ou vem ou pega falta. A direção do hospital está no nosso lado e ela está vendo que nós estamos fazendo a nossa parte. A gente espera que repassem esse dinheiro, por que a gente não aguenta mais. Tem gente que está com a conta de luz, de água e pagamento de pensão atrasados”, completou.

Procurado pelo GP1, o diretor do Hospital da Polícia Militar do Piauí, coronel George Félix, informou que reconhece a situação dos servidores e está buscando uma posição da Secretaria de Estado da Fazenda, que é responsável pelos contratos junto às empresas prestadoras de serviços no HPM. Ele reforçou que a direção do hospital não é responsável pelos pagamentos e que, por enquanto, nenhum serviço deixou de ser realizado em virtude dos atrasos dos salários dos trabalhadores.

Insalubridade

Os trabalhadores denunciaram ainda que as empresas suspenderam o pagamento do auxílio insalubridade. “Antes nós recebíamos a insalubridade, o salário aumentou, mas foi retirado o auxílio insalubridade. Então não adiantou nada, em todo local que se trabalha com saúde tem que ser pago esse auxílio e nós não recebemos mais”, disse um trabalhador que preferiu não ser identificado.

O que dizem as empresas

Procurada, a empresa Mega on informou que está devendo os pagamentos referentes aos meses de dezembro, janeiro, 13º salário e fevereiro. Informou ainda que a previsão de recebimento dos valores junto ao Governo era até a última sexta-feira (22), o que não ocorreu e, até o momento, não há uma nova data para recolher os pagamentos.

O GP1 tentou ouvir as empresas Ação Consultoria e Serviços e Belazarte, no entanto, nenhuma delas se posicionou quanto a situação dos trabalhadores.

Sefaz

Procurada pelo GP1, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Fazenda informou que se posicionaria sobre o caso ao longo do dia.

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