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Tribunal de Justiça nega recurso do ex-capitão Allisson Wattson

O ex-capitão foi pronunciado pelo juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina por homicídio qualificado pelo crime de feminicídio, além de ocultação de cadáver e fraude proces

O vice-presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Haroldo Rehem, negou seguimento ao recurso especial interposto pela defesa do ex-capitão Allisson Wattson da Silva Nascimento acusado de matar a estudante Camilla Abreu, em outubro de 2017, com um tiro na cabeça.

O ex-capitão foi pronunciado pelo juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina por homicídio qualificado pelo crime de feminicídio, além de ocultação de cadáver e fraude processual.

  • Foto: Facebook/Camilla Abreu e Allisson Wattson Camilla Abreu e Allisson Wattson Camilla Abreu e Allisson Wattson

A defesa ingressou com recurso especial contra o acordão proferido pela 1ª Câmara Especializada do Tribunal de Justiça do Piauí indicando violação a súmula 523 do Supremo Tribunal Federal e ao artigo 5º, LV, da Constituição Federal, alegando que o acordão confirmou o cerceamento de defesa operado pelo juiz de primeiro grau, devendo ser reformado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na decisão que negou seguimento ao recurso, o desembargador Haroldo Rehem afirma que as teses expostas foram afastadas pelo acórdão, “inclusive com jurisprudência das cortes superiores”, e que a defesa se vale do recurso para ter suas teses reanalisadas “assemelhando a mero inconformismo”. Destaca ainda que o recurso não detalha de forma clara e precisa a violação cometida pelo acórdão, “incorrendo em deficiência de fundamentação”.

A decisão do desembargador foi dada ontem (26), as 09h46min.

Relembre o caso

A estudante de direito, Camilla Abreu, desapareceu no dia 26 de outubro de 2017, após ser vista pela última vez em um bar no bairro Morada do Sol, zona leste de Teresina, acompanhada do namorado e então capitão da PM, Allisson Wattson. Após o desaparecimento, Wattson ficou incomunicável durante dois dias, retornando apenas na sexta-feira (27) e afirmando não saber do paradeiro do jovem.

A Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Barêtta, assumiu as investigações. No dia 31 de outubro, a Polícia Civil confirmou a morte da jovem. Já na parte da tarde, Allisson foi preso e indicou onde estava o corpo da estudante. Na manhã de 1º de novembro, o corpo da estudante foi enterrado sob forte comoção no cemitério São Judas Tadeu. No laudo cadavérico, foi concluído que a jovem foi arrastada antes de morrer.

O capitão virou réu na Justiça depois que a juíza de direito Maria Zilmar Coutinho Leal, da 2º Vara do Tribunal do Júri, recebeu denúncia do Ministério Público.

Já em abril de 2018, a juíza pronunciou o capitão para ir a julgamento pelo Júri Popular. A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Piauí.

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