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Coronavírus no Piauí

Valdeci Cavalcante: "tem mais gente morrendo de fome do que de covid-19"

O empresário informou que teve de tomar algumas medidas drásticas, como a suspensão do contrato de 1.500 funcionários.

O presidente da Federação do Comércio do Estado do Piauí (Fecomércio), Valdeci Cavalcante, concedeu entrevista ao GP1 na tarde desta quinta-feira (30), logo após o governador Wellington Dias (PT) anunciar a prorrogação do decreto que suspende as atividades econômicas no estado, por conta da pandemia de coronavírus (covid-19). O empresário afirmou que "já tem mais gente morrendo de fome do que de covid-19".

O advogado ressaltou que a situação chegou a tal ponto, que pessoas que mal o conhecem ligam para seu telefone, pedindo ajuda. “Essas alturas já tem mais gente morrendo de fome do que de covid-19. Tem pai e mãe sem comer, para os filhos terem algum alimento. Tem gente que nunca me viu na vida, pega meu telefone e me liga pedindo comida”, revelou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Escritor Valdeci CavalcanteEscritor Valdeci Cavalcante

Medidas drásticas

Valdeci informou que teve de tomar algumas medidas drásticas. “Vamos trabalhar e montar um esquema de socorro às empresas, aos empregados. Como eu sei das ideias deles eu mandei suspender todos os meus funcionários, 1.500 empregados, dos três shoppings, das lojas, do escritório, imobiliária, de tudo”, relatou.

Ele disse ainda que os empresários têm grandes responsabilidades, e que a atual situação de calamidade pública não é somente de ordem sanitária, mas também econômica. “O Wellington e o Firmino não têm empresa para administrar, nós, empresários, temos responsabilidade com milhares de empregados, milhares de famílias. Eles pensam que essa pandemia é só sanitária, mas não é. É econômica e social”, declarou.

Auxílio

Por fim, o presidente da FECOMÉRCIO anunciou que está realizando algumas ações como forma de ajudar empresários e trabalhadores. “Eu agora abri uma conta hoje do Banco Brasil de Parnaíba para comprar umas 100 mil cestas de alimentos, para distribuir para a população carente. O Sesc está distribuindo [comida] para 30 mil pessoas no Mesa Brasil e oferecemos café, almoço, lanche e jantar. Quero saber quantas cestas o Wellington e o Firmino estão doando”, concluiu.

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