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Teresina - Piauí

Silas comenta sobre os piauenses que foram citados em delação

Na lista dos beneficiados com a propina da empreiteira, foram citados senadores, deputados, assessores da ex-presidente Dilma Rousseff, ministros e ex-ministros.

Nesta segunda-feira (12), em entrevista ao GP1, o deputado federal Silas Freire (PR) comentou sobre os políticos piauienses que apareceram na delação premiada do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Claudio Melo Filho. Na lista, foram citados Heráclito Fortes (PSB), Paes Landim (PTB), Hugo Napoleão (DEM), Ciro Nogueira (PP) e Iracema Portella (PP).

  • Foto: Lucas Dias/GP1Silas FreireSilas Freire

“Eu acho que temos que distinguir o que propina e o que é doação eleitoral legal. Aqueles que tiverem doação lícita, eu acho que é legal. A Odebrecht está demonizada? Não pode doar a ninguém? Agora, aqueles que receberam doação, mas com uma missão de ajudar a empresa, esse são criminosos. Não estou falando só dos quatro piauienses, estou falando do Brasil inteiro. Tem como a gente livrar o Governo Federal agora? Não tem mais. E sendo verdade o que o delator disse, quem pediu o dinheiro à ele, para favorecer a Odebrecht não foi o auxiliar A ou auxiliar B, foi o Presidente da República, que depois de uma delegação dessa, moralmente está impossível de se manter no poder. Dois grandes ministros dele [Michel Temer] também foram citados”, disse Silas Freire.

O deputado federal prefere ter cautela com os cinco parlamentares piauienses que foram citados, mas todos os nomes podem ser investigados. “Cabe aos órgãos públicos, Ministério Público e a Justiça, distinguir o que foi ajuda de campanha e o que foi propina e o que foi ajuda de campanha, comprando atuação do parlamentar. Muitas vezes você tem uma ajuda de campanha legalizada, mas porque votou na medida provisória que ajudava a Odebrecht? Isso é crime também! Mas se você foi só ajudado na campanha, e não tem nenhum envolvimento direto em benefício da empresa acho que não tem crime”, completou.

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