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Teresina - Piauí

PM afirma que capitão Allisson está preso no presídio militar

"Ontem disseram que o rapaz tinha se matado, então ficam criando esses fatos que são altamente desnecessários”, disse o tenente-coronel John Feitosa.

Em entrevista ao GP1, na tarde desta quinta-feira (02), o tenente-coronel John Feitosa, diretor de comunicação da Polícia Militar do Piauí, informou que é mentira o boato que se espalhou nas redes sociais de que o capitão Allisson Wattson, que matou a estudante Camilla Abreu, estava recolhido em uma sala especial no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) e não no presídio militar.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Tenente Coronel John FeitosaTenente Coronel John Feitosa

Conforme explicou o tenente-coronel John Feitosa, Allisson Wattson foi conduzido para o presídio militar logo após ter prestado depoimento à Polícia Civil, no dia 31 de outubro. “Isso é mentira, ele está no presídio militar. Se me disserem o nome dessa pessoa que deu essa informação, a Polícia Militar vai interpelar essa pessoa judicialmente para ela provar qual é a sala do CFAP que ele está. Eu acredito que esse é o momento de respeitar a dor da família da vítima, a dor, inclusive, da família do capitão, que certamente não está confortável com tudo isso”, disse.

  • Foto: Instagram/Allisson WattsonAllisson WattsonAllisson Wattson

O secretário de Segurança do Piauí, Fábio Abreu, confirmou a informação do tenente-coronel John e afirmou ainda que Allisson não recebeu nenhum tipo de privilégio. "Ele está no presídio militar, e o presídio fica dentro do Centro de Ensino Profissional, da Polícia Militar. Ele não está em sala, ele está dentro de uma cela. Dentro do Centro tem o BTAP (Batalhão Tático Aéreo Policial), o presídio militar e o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), tudo ‘ali’ dentro", garantiu.

John Feitosa ainda enfatizou que não existe mais o CFAP. "Hoje em dia o que existe é o Centro de Ensino Profissional da Polícia Militar. “A instituição, a Polícia Militar, em nenhum momento vai fazer nada para descumprir a Lei. Ontem disseram que o rapaz tinha se matado, então ficam criando esses fatos que são altamente desnecessários”, finalizou.

Entenda o caso

A estudante de direito, Camilla Abreu, desapareceu na última quinta-feira (26). Ela foi vista pela última vez em um bar no bairro Morada do Sol, na zona leste de Teresina, acompanhada do namorado e capitão da PM, Allisson Wattson. Após o desaparecimento, o capitão ficou incomunicável durante dois dias, retornando apenas na sexta-feira (27) e afirmou não saber do paradeiro da jovem.

A Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Barêtta, assumiu as investigações.

O capitão foi visto em um posto de lavagem às margens do Rio Parnaíba, a fim de lavar seu carro sujo de sangue. Allisson disse ao lavador de carros que o sangue era decorrente de pessoas acidentadas que ele havia socorrido.

  • Foto: Facebook/Camilla AbreuCamilla AbreuCamilla Abreu

Na tentativa de ocultar as provas do crime, o capitão trocou o estofado do veículo e tentou vendê-lo na cidade de Campo Maior, mas não conseguiu pelo forte cheiro de sangue que permanecia no carro.

Durante investigação, a polícia quis periciar o carro, mas Allisson disse ter vendido o veículo, mas não lembrava para quem.

No início da manhã desta terça-feira (31), o delegado Francisco Costa, o Barêtta, confirmou a morte da jovem. Já na parte da tarde, Allisson foi preso e indicou onde estava o corpo da estudante.

Na manhã desta quarta-feira (01), o corpo da estudante foi enterrado sob forte comoção no cemitério São Judas Tadeu.

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