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Uruçuí - Piauí

Juiz manda inquérito que investiga prefeito Dr. Wagner ao TJ

A decisão do juiz Rodrigo Tolentino, da Comarca de Uruçuí, é de 06 de junho de 2017.

O juiz Rodrigo Tolentino, da Comarca de Uruçuí, determinou o envio do inquérito policial que investiga o prefeito Dr. Wagner Coelho ao Tribunal de Justiça do Piauí em razão da incompetência do juízo para processar e julgar o feito. O prefeito possui foro por prerrogativa de função, de acordo com o art. 29, X, da Constituição Federal. A decisão é de 06 de junho de 2017.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Dr. Wagner, Prefeito de UruçuíDr. Wagner, Prefeito de Uruçuí

Entenda o caso

O prefeito de Uruçuí, Francisco Wagner Pires Coelho, o conhecido “Dr.Wagner”, está sendo investigado em inquérito policial por suposto homicídio culposo com causa de aumento de pena, crime tipificado no art.121, parágrafos 4° e 5° do Código Penal.

O inquérito foi instaurado pelo delegado Jarbas Lopes de Araújo Lima, em 17 de setembro de 2014.

A investigação teve início após ser lavrado Boletim de Ocorrência noticiando a morte de um nascituro em decorrência do médico não ter dado a devida assistência a parturiente.

Segundo a noticiante, Aline Silva Rodrigues, no dia 09 de abril de 2014, por volta da 15h30min, deu entrada no Hospital Regional Senador Dirceu Arcoverde para dar luz a seu filho. As 19h00min ocorreu o rompimento da bolsa e as 20h00min começou o parto onde o médico plantonista, Dr.Wagner, aplicou uma injeção para induzir o parto e saiu do quarto deixando-a sozinha com a enfermeira que realizou o procedimento, onde seu filho nasceu morto.

A enfermeira Guiane Lima Marques dos Reis, afirmou em depoimento que o médico ao atender a paciente estava visivelmente nervoso “em estado psicológico alterado” e que após a aplicação da injeção para induzir o parto, saiu da sala para realizar uma cesariana e que em menos de 30 minutos a criança nasceu.

Segundo a enfermeira, “após a injeção para o induzir o parto, o normal é o médico esperar, pois a qualquer momento pode ocorrer o parto”.

O médico afirmou em depoimento que na noite do ocorrido realizou uma cirurgia de apendicite e em seguida uma cesariana, e que teria sido chamado pela mãe de Aline na porta da sala de cirurgia, dizendo que a enfermeira Guiane estava chamando-o na sala de parto e que ao adentrar se deparou com a mesma tentando reanimar o feto. O médico negou ter mandado aplicar um indutor de parto e finalizou afirmando ser inimigo pessoal do então diretor do Hospital e que a acusação feita a sua pessoa é decorrente de animosidade política.

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