Teresina - Piauí

Motoristas protestam após aprovação da “Lei do Uber” em Teresina

Os manifestantes gritaram palavras como “Firmino pode esperar, a sua hora vai chegar” e interditaram as duas vias da Avenida Marechal Castelo Branco.

Andressa Martins Teresina - Piauí

Laura Moura Teresina - Piauí

Nayrana Meireles Teresina - Piauí

11 de dezembro de 2018 | 10h04 - Atualizada 11h01

Motoristas de aplicativos realizaram protesto na manhã desta terça-feira (11) em frente à Câmara Municipal de Teresina após a aprovação do Projeto de Lei de número 190/2018, que regulamenta o uso de transporte por aplicativo, conhecido como “Lei do Uber”.

Os manifestantes interditaram as duas vias da avenida e gritavam palavras como “Firmino pode esperar, a sua hora vai chegar”. Os motoristas alegam que a regulamentação é injusta. O representante dos motoristas de aplicativo, Felipe Damasceno, informou que a classe vai continuar realizando atos públicos, mesmo com a aprovação.

Foto: Lucas Dias/GP1Motoristas de aplicativo fazem manifestação na Avenida Marechal Castelo Branco

"O próximo passo é continuar com a militância, mobilização e mostrar para o prefeito que ele não pode passar por cima da vontade do povo. A gente está falando de um cenário onde são mais de 8 mil motoristas para 200 mil passageiros, isso em dados oficiais. Então, não adianta ele falar que não houve conversa, que tem que ser assim e se em último caso não conseguirmos sucesso, a gente vai judicializar e como já aconteceu em outros municípios aqui no Brasil", afirmou.

Foto: Lucas Dias/GP1Os motoristas de aplicativo são contrários à limitação de veículos

Felipe ressaltou que foi discutido em reunião com o prefeito Firmino Filho sobre as alternativas que poderiam ser tomadas. Entretanto, o gestor municipal, de acordo com a categoria, não atendeu ao acordo. “Lá nos foram colocadas três alternativas: manter o texto original, que seria uma decisão posterior a regulamentação via decreto, referente ao quantitativo; atender 100% da frota de táxi, ou seja 2040 motoristas mais majoração, ou seja, de acordo com a necessidade ele ia aumentando de forma gradativa; ou simplesmente limitar em 2 mil motoristas. Lá acordamos que, já que existe uma discussão no Supremo Tribunal Federal quanto a isso, se há constitucionalidade ou não na limitação, que fosse mantido o texto original para que seja decidido posteriormente via decreto e de acordo com a decisão do STF ele iria tomar uma decisão. Mas ele não fez o que a gente acordou e deu esse resultado aí”, acrescentou.