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Operação Poço sem Fundo: Ex-prefeita Márcia Cruz é solta

De acordo com o promotor Rômulo Cordão, não houve a necessidade de converter as prisões temporárias em preventivas, visto que os envolvidos colaboraram com as investigações.

A ex-prefeita do município de Brejo do Piauí, Márcia Cruz, e outros quatro alvos presos na Operação Poço sem Fundo, deflagrada na última quarta-feira (13), ganharam liberdade nesta segunda-feira (18). A informação é do coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, (GAECO) no Piauí, promotor Rômulo Cordão.

De acordo com o promotor, não houve a necessidade de converter as prisões temporárias em preventivas, visto que os envolvidos colaboraram com as investigações e não apresentam risco ao desenvolvimento do processo. “Eles foram soltos por que o prazo da prisão temporária expira-se hoje. Diante das provas colhidas, juntamente com os depoimentos que eles prestaram foram suficientes para a investigação”, frisou.

  • Foto: Bárbara Rodrigues/GP1Rômulo CordãoRômulo Cordão

A partir de agora eles deverão ser denunciados pelo Ministério Público nos próximos 10 dias. O sexto alvo que ainda restava ser preso, o vereador Fabiano Feitosa Lira, se apresentou ao GAECO na última sexta-feira (15).

Entenda o caso

A ex-prefeita de Brejo do Piauí, Márcia Aparecida Pereira da Cruz, foi presa na manhã desta quarta-feira (13) durante a “Operação Poço Sem Fundo”, deflagrada pelo Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Piauí. Ela administrou o município entre os anos de 2013 e 2016.

A operação visa desarticular uma organização criminosa que era voltada para a prática de crimes contra a administração pública, incluindo fraudes em licitações. As ações policiais foram concentradas nos municípios de Canto do Buriti, Brejo do Piauí e Teresina. A ex-gestora foi capturada na cidade de Picos e está sendo acusada de desviar recursos para a perfuração e manutenção de poços artesanais.

  • Foto: Facebook/Márcia CruzMárcia CruzMárcia Cruz

Segundo o promotor de Canto do Buriti, José William Luz, Márcia Cruz fazia parte do núcleo político da organização criminosa, conforme detalhou ao GP1.

“Na organização criminosa existem três núcleos: o político, empresarial ou operacional e o ‘laranja’. Neste caso, o núcleo político é formado pela Márcia Cruz e o Emídio, irmão da ex-prefeita que também era chefe de gabinete. Sem a participação deles, esse esquema não teria sido efetivado. Até porque, quem era responsável pelos empenhos, pagamentos e autorização das licitações era a própria gestora. O chefe do núcleo operacional é o Fabiano Feitosa Lisa, que está foragido. O núcleo é formado por pelo menos mais outros dois empresários que são os donos da empresa VSP Construtora e o Carlos Alberto, dono de uma empresa chamada Lógica. Ele era responsável pela assessoria das comissões de licitações, inclusive de Brejo do Piauí”, pontuou.

Até o momento, foram congelados quase R$ 3 milhões em bens e rendas dos integrantes da organização criminosa. A GAECO ainda está investigando a atuação da empresa em mais seis municípios piauiense, nos quais estão sendo mantidos em sigilo.

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