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Teresina - Piauí

Sintetro diz que não tem prazo para fim da greve dos motoristas de ônibus

O sindicato cobra o pagamento de benefícios aos trabalhadores da categoria. O Setut informou por meio de nota que os atos são abusivos e ilegais.

Os motoristas e cobradores de ônibus iniciaram uma nova greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (28), em Teresina, por suposta falta de pagamento de benefícios aos trabalhadores do sistema de transporte público da capital. Essa já é a terceira greve somente no mês de outubro.

Em entrevista ao GP1, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro-PI), Ajuri Dias, informou que a categoria está reivindicando o pagamento do plano de saúde, ticket alimentação e manutenção dos pagamentos dos salários, que de acordo com os trabalhadores não têm sido realizados conforme a MP 936 do Governo Federal.

  • Foto: Brunno Suênio/GP1Ajuri Dias, do SintetroAjuri Dias, do Sintetro

“A gente tem em mãos um termo de compromisso, onde o presidente do SETUT e o até então presidente do Sintetro, Fernando Feijão, assinaram o termo que tem validade de 2020 a 2021. Infelizmente quando chegou em março, o SETUT não honrou mais com o termo que foi assinado. Esse termo está anexado ao processo de dissidio da categoria, e através do dissidio, o Tribunal Regional do Trabalho deu uma liminar garantindo o nosso ticket alimentação e o nosso plano de saúde”, disse o presidente.

Ajuri Dias explicou que a greve não tem prazo para ser encerrada porque não houve consenso com o Setut. O presidente disse que nesta terça-feira (27) houve uma reunião entre o sindicato e os empresários da categoria na Secretaria de Transportes e Trânsito de Teresina (Strans), mas nada foi definido.

  • Foto: Brunno Suênio/GP1Termo de compromisso assinado pelos presidentes do Sintetro e do SetutTermo de compromisso assinado pelos presidentes do Sintetro e do Setut

“Nós vamos participar de um ato público justamente para colocar para sociedade a verdadeira motivação da greve. Temos garantido através do termo de compromisso os nossos salários e benefícios, mas os empresários nos negam pagar isso. A convite da Strans, nos reunimos com o Setut ontem e infelizmente não chegamos a um acordo porque a proposta que os empresários colocaram foi de demitir os cobradores para que a demissão pudesse estar pagando o ticket alimentação do motorista”, relatou.

Os manifestantes fizeram um ato público na Praça Rio Branco, no centro de Teresina, na manhã desta quarta (28).

Outro lado

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) informou por meio de nota que não há justificativa para a greve e que o não pagamento de ticket e plano de saúde estão alicerçados na falta de acordo na convenção coletiva de trabalho e em duas decisões de instâncias superiores no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e outra Supremo Tribunal Federal (STF).

“A entidade lamenta que a população esteja sendo prejudicada novamente diante de um movimento grevista ilegal e que só irá prejudicar o usuário do transporte público”, diz a nota.

Confira a nota na íntegra

SETUT assegura que medidas adotadas são legais e lamenta movimento grevista

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que não há justificativa para o movimento grevista deflagrado nesta quarta-feira, dia 28, pois o não pagamento de ticket e plano de saúde estão alicerçados, primeiro na falta de acordo ou convenção coletiva de trabalho, e segundo porque houveram nos últimos dias, duas decisões de instâncias superiores, uma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e outra Supremo Tribunal Federal (STF), que suspenderam a eficácia da liminar dada pelo juiz substituto do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a qual dizia para as empresas darem esses dois benefícios.

A entidade lamenta que a população esteja sendo prejudicada novamente diante de um movimento grevista ilegal e que só irá prejudicar o usuário do transporte público.

Portanto, a greve de motoristas e cobradores irá de encontro às duas decisões judiciais de instâncias superiores e por consequência, contra a população de Teresina.

As empresas reforçam que estão com a frota em prontidão para a operação e acreditam que as autoridades competentes poderão intervir diante desses atos abusivos e ilegais do sindicato dos motoristas, que certamente penalizarão as empresas e toda a população.

Nesta terça-feira (27), o Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região acatou o pedido do Ministério Público do Trabalho no Piauí (MTP) e determinou que o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (SINTETRO) terá que realizar o pagamento de MULTA no valor de R$ 100 mil pelo descumprimento da medida liminar, nos dias 13 e 14 de outubro, que garantia a circulação mínima de ônibus na capital durante o período de paralisação ilegal dos rodoviários.

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