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Teresina - Piauí

Médico que denunciou Arimatéia Azevedo pagou indenização a paciente

A paciente ajuizou ação acusando o cirurgião de erro médico. No entanto, eles fizeram um acordo extrajudicial e pediram a extinção do processo.

O médico que denunciou o jornalista Arimatéia Azevedo, do Portal AZ, é o cirurgião plástico Alexandre Andrade Souza, que atua em Teresina e foi alvo de uma ação judicial no Distrito Federal, ajuizada por Emanuela Dourado Rebelo Ferraz, acusado de erro médico.

O médico e Emanuela fizeram acordo extrajudicial e pediram a extinção do processo. O cirurgião pagou R$ 90.000,00 (noventa mil reais) a título de indenização em janeiro de 2020.

  • Foto: Reprodução/WhatsappMédico Alexandre AndradeMédico Alexandre Andrade

Entenda o caso

Arimateia foi preso, na manhã desta sexta-feira (12), em casa, no bairro Todos os Santos, zona sudeste de Teresina, pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), durante o cumprimento de um mandado de prisão preventiva por crime de extorsão qualificada, expedido pelo juiz da Central de Inquéritos, Valdemir Ferreira Santos, nessa quinta-feira (11).

O médico Alexandre Andrade acusou o jornalista de o extorquir mediante publicação de notícias expondo o profissional de forma negativa. Consta que depois de várias tentativas o médico acabou cedendo e realizado o pagamento de R$ 20 mil em dinheiro a um homem de confiança de Arimatéia Azevedo, identificado como Francisco de Assis Barreto, professor da UESPI, que também acabou sendo preso por força de um mandado de prisão preventiva.

Segundo a denúncia, o crime ocorreu em meados de janeiro de 2020 e, desde fevereiro, a Polícia Civil passou a investigar o caso e conseguiu reunir elementos que corroboraram com a representação da vítima. Em razão disso, o delegado responsável pelo inquérito solicitou o mandado de prisão, que foi expedido pelo juiz Valdemir Ferreira Santos.

Na decisão que determinou a expedição dos mandados de prisão contra o jornalista e professor, o magistrado destacou que não há qualquer comprovação de erro médico. "Determino a retirada do sigilo do presente procedimento, atendendo ao princípio da publicidade que rege, em regra, os processos criminais. Contudo, considerando que a vítima se trata de profissional autônomo, que preza pela integridade de sua honra e por sua reputação moral na sociedade no âmbito profissional, e que não há comprovação de qualquer tipo de erro médico nos procedimentos cirúrgicos que realizou até o momento, determino que os dados de qualificação pessoal, endereço residencial e profissional da vítima sejam resguardados".

Arimateia nega acusação

Arimatéia Azevedo negou a acusação de extorsão contra um médico da Capital e disse à imprensa que é inocente. As declarações foram dadas quando o jornalista deixava o Instituto de Medicina Legal (IML), em Teresina, por volta de 11h30 desta sexta-feira (12), na zona sul de Teresina.

“Isso é a maior canalhice que já se praticou contra uma pessoa. Eu que denuncio bandido, eu não sou o bandido. Esse médico praticou uma ação criminosa, ele deixou panos dentro do seio da mulher e nós denunciamos. Eu sou mais do que inocente, eu combato bandidos”, disse Arimatéia.

Quebra de sigilo

A quebra dos sigilos telefônicos do jornalista Arimatéia Azevedo e do professor da UESPI, Francisco de Assis Barreto, autorizadas pela Justiça, segundo o juiz Vademir Ferreira Santos, comprovou a denúncia de extorsão qualificada, praticada contra o médico.

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