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São Raimundo Nonato - Piauí

Dono de academia acusa CREF-PI de abordagem truculenta

O empresário relatou que o Conselho, com apoio de policiais militares, mandou fechar sua academia.

O proprietário de uma academia situada em São Raimundo Nonato, que preferiu não se identificar, entrou em contato com o GP1 nesta sexta-feira (05), denunciando o Conselho Regional de Educação Física da 15ª Região (CREF15/PI), que está sendo acusado de ter realizado uma abordagem truculenta com apoio da Polícia Militar em seu estabelecimento, nesta quinta-feira (04).

O empresário relatou que por volta das 18h desta quinta-feira (04) uma equipe do CREF chegou acompanhada de policiais militares e fechou a academia, isso porque o responsável técnico pelo estabelecimento não se encontrava no momento.

“Eles chegaram com um batalhão de polícia, como se tivesse um monte de bandidos na academia, para saber quem era o responsável técnico que estava na academia. Eu não estava no momento, eles pediram para fechar, mas hoje já está funcionando normalmente, com o responsável técnico”, detalhou o dono do estabelecimento.

O proprietário da academia ressaltou o constrangimento causado pela ação dos fiscais. “Eles chegaram e o responsável técnico não estava, e foi aquele constrangimento, aquele tumulto, colocaram todos os alunos para sair. A gente fica chateado, porque o método deles avaliarem se a academia está regular ou não é somente dessa maneira, a gente já trabalha há 7 anos, nunca tinha acontecido isso, mas dessa vez aconteceu de o responsável técnico não estar na academia e eles fizeram desse jeito”, reclamou.

Recentemente, no dia 28 de outubro, o empresário e profissional de educação física Demóstenes Ribeiro protocolou, no Ministério Público Federal, denúncia contra o CREF, expondo abuso de autoridade por parte do Conselho contra os donos de academia no estado.

Foto: Alef Leão/GP1Demóstenes Ribeiro
Demóstenes Ribeiro

O que diz o CREF

Procurado pelo GP1 na tarde desta sexta-feira (05), o presidente do CREF, Danys Queiroz, afirmou que a ação do Conselho não foi ilegal, e se deu porque não havia responsável técnico pela academia no momento da fiscalização. “A academia não tinha a profissional para atender no momento da fiscalização. Esse foi o motivo do fechamento”, declarou.

Ministério Público

Nossa reportagem também conversou com o promotor de Justiça Chico de Jesus, da 42ª Promotoria de Justiça de Teresina, que avaliou a ação do CREF acompanhada de policiais como inconstitucional.

Foto: GP1Chico de Jesus
Chico de Jesus

“Você chegar, tirar todas as pessoas com a polícia, principalmente pessoas que estão fazendo prática esportiva, que não estão cometendo nenhum tipo de crime, acho inconstitucional e ilegal. Acho uma medida, extrema, desnecessária, inconstitucional e ilegal”, ressaltou.

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