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Teresina - Piauí

Gilberto Albuquerque alerta para falta de medicamentos: "situação é crítica"

“Desde janeiro venho avisando que vai faltar remédio, porque a indústria não está dando conta de produzir e a perspectiva é a gente começar a ter problema”, disse.

Em meio à quantidade insuficiente de leitos para pacientes com covid-19, a rede municipal de saúde de Teresina já começa a registrar também a falta de alguns medicamentos utilizados para tratamento de pacientes que estão entubados.

Em entrevista ao GP1, na tarde desta sexta-feira (19), o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, afirmou que a indústria farmacêutica mundial não está conseguindo acompanhar a alta demanda por produção e medicamentos como cetamina e morfina, por exemplo, já estão sendo substituídos por outras drogas que tendem a se esgotarem, caso a pandemia siga no ritmo atual de disseminação do novo coronavírus.

“Esses medicamentos são utilizados para qualquer tipo de cirurgia e, além disso, mantêm pacientes intubados anestesiados, mas quando não tem pancurônio, rocurônio, morfina a gente usa outras opções. Nós podemos até não ter a primeira escolha, mas temos substitutos como midazolam e propofol”, explicou.

Foto: Lucas Dias/GP1Gilberto Albuquerque
Gilberto Albuquerque

Gilberto Albuquerque frisou, no entanto, que desde o início do ano vem chamando atenção para o desabastecimento de medicamentos na rede hospitalar e alertou que atual situação é crítica.

“A situação é crítica. Alguns medicamentos usados em pacientes intubados estão em falta no mercado, porém, estão sendo usadas drogas de segunda e terceira escolha. Desde janeiro eu venho avisando que vai faltar remédio, porque a indústria farmacêutica não está dando conta de produzir e a perspectiva é a gente começar a ter problema nesse sentido. Se o ritmo continuar desse jeito, daqui um mês deverá estar faltando mais coisas, mas essa situação é no mundo inteiro, não é só em Teresina e no Brasil”, pontuou.

O presidente da Fundação Municipal de Saúde ponderou que embora com as dificuldades, a FMS está atuando para minimizar os efeitos da pandemia de covid-19 com a aquisição de novos equipamentos para leitos de UTI Covid. “Nós estamos recebendo novos monitores para leitos de UTI, ventiladores e à medida que vai chegando nós vamos distribuindo para os hospitais. Estamos com 100% dos leitos de UTI Covid e os leitos clínicos Covid ocupados e na medida em que abrimos novos leitos eles vão sendo ocupados”, finalizou.

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