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Teresina - Piauí

Hospitais funcionam acima do limite e Gilberto Albuquerque alerta: "vai ficar pior"

O Piauí vive o pior momento da pandemia de covid-19 e a situação é mais grave em Teresina.

O Piauí vive o pior momento da pandemia de covid-19 desde março do ano passado. O número crescente de casos confirmados contribuiu para o colapso na rede de saúde e, por consequência, provocou o aumento no número de mortes. A situação é mais grave em Teresina, onde se concentra a maioria da estrutura hospitalar do estado. Todos os dias chegam informações de superlotação em hospitais e falta de leitos.

Nesta segunda-feira (29) o GP1 foi informado que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Satélite, situada na zona leste de Teresina, está funcionando acima do limite suportável, por conta do aumento de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, que estão precisando de atendimento e estão sem leitos.

Foto: Helio Alef/GP1UPA do Satélite
UPA do Satélite

Atualmente na UPA do Satélite há 11 pessoas intubadas, uma delas usando um ventilador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Nove pacientes estão leitos com máscara com reservatório, um em uma maca extra, e 10 pacientes em poltronas com cateter de oxigênio.

Procurado pela nossa reportagem, o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, confirmou a situação caótica na Saúde de Teresina, e disse que o caso da UPA do Satélite é semelhante ao da maioria das unidades de saúde. Ele afirmou que devido às circunstâncias, essas ações acabam sendo a única forma de atender as pessoas que necessitam de atendimento na rede hospitalar, e ressaltou que a tendência é quem nos próximos dias nem essas alternativas sejam suficientes.

“Para essa situação, por enquanto, nós temos essas condições, mas até o final de semana a tendência é nem isso nós termos mais. A pandemia está aumentando progressivamente e todos os espaços físicos já foram ocupados e ficamos com duas opções: ou não recebe paciente ou recebe com o que tem”, disse.

Foto: Lucas Dias/GP1Gilberto Albuquerque, presidente da FMS
Gilberto Albuquerque, presidente da FMS

O presidente da FMS ainda alertou que nos próximos dias a situação da ocupação dos hospitais irá se agravar mais ainda e que Teresina está ficando sem condições de atender mais pacientes com covid-19.

“Todos os estados já passaram por isso, o Piauí ainda conseguiu suportar mais e está passando depois dos demais. E a coisa ainda vai ficar pior. O que tinha de espaço físico já foi ocupado, o que tinha de leito clínico foi ocupado, agora o oxigênio está acabando, o kit intubação não tem mais no mercado, a crise já está chegando atrasado aqui”, completou.

Fila por leitos

Segundo Gilberto Albuquerque, até o início da manhã desta segunda-feira (29) a fila de espera por leitos em Teresina era de 174 pacientes, entre leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), situação que revela a alta demanda por atendimento na rede hospitalar da Capital.

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