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Altos - Piauí

Vereadora arquiva CPI que pedia investigação da ex-prefeita Patrícia Leal

Foram quase R$ 10 milhões destinados pelo Governo Federal a Altos de abril a dezembro do ano passado.

A vereadora Regina Catarina, atual presidente da Câmara Municipal de Altos, arquivou o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos da ex-prefeita do município, Patrícia Leal, no combate à pandemia do coronavírus. Foram quase R$ 10 milhões destinados pelo Governo Federal a Altos na gestão da petista somente entre abril e dezembro para combater a COVID-19.

O pedido de CPI foi protocolado pelos vereadores que compõem a base do prefeito Maxwell da Mariinha na Câmara. Durante discussão do pedido de CPI a transmissão da TV Câmara Altos chegou a ser derrubada para impedir os telespectadores de acompanharem o debate.

Foto: Divulgação/AscomPatrícia Leal
Patrícia Leal

“Essa CPI vai dar uma resposta para a população, que antes de me tornar vereador, as pessoas já perguntavam onde foi parar tanto dinheiro. Não vou me calar quando os interesses forem da população. Um fato determinado que envolve mais de R$ 16 milhões para Saúde. Estamos aqui pedindo transparência”, disse o vereador Natan dos Projetos, da tribuna, conclamando a população a se manifestar nas redes sociais cobrando os valores.

“Nós não estamos aqui para defender erros de gestor. Se ela [Patrícia Leal] errou, que ela pague. Milhares de pessoas morreram por causa da covid. Eu quero saber pra onde foi esse dinheiro, tenho direito como parlamentar. Senhora presidente, coloque em votação o pedido de CPI”, cobrou o vereador Gerson Fernandes.

O vereador Uverlânio Filho comentou sobre o pedido de CPI. “Quiseram abrir uma CPI da rodoviária contra o prefeito. Nós aprovamos o pedido por entender que o prefeito Maxwell nada deve, pelo contrário, é um assunto que ele tem tentado resolver com a entrega de títulos de terra para mais de trezentos moradores do bairro São Sebastião”, detalhou.

O vereador faz referência ao litígio que tramita na Justiça sobre o terreno onde foi construída a rodoviária do município. O proprietário do terreno alega que não recebeu o pagamento devido pela ex-prefeita Patrícia Leal durante sua gestão para a desapropriação do imóvel.

A vereadora Regina Catarina, que foi eleita presidente da Câmara com o apoio da ex-prefeita Patrícia Leal, alegou erro formal e que não existe especificação do fato para instalação da CPI. A gestão de Patrícia Leal ficou marcada pela não transparência de gastos, principalmente contra a COVID-19 onde uma soma de quase R$ 10 milhões foi transferido pelo Governo Federal ao município. Ao contrário disso, postos de saúde pelo interior foram fechados, desapareceram testes rápidos e insumos recebidos, tais como centenas de frascos de álcool em gel.

Outro lado

Procurada pelo GP1 na tarde desta sexta-feira (14), a prefeita Patrícia Leal não foi localizada para comentar o caso.

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