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Várzea Grande - Piauí

Prefeito de Várzea Grande entra na mira do Ministério Público

A portaria foi assinada pelo promotor de Justiça José William Pereira Luz, no dia 02 de agosto.

Após reportagem publicada no GP1, intitulada “Prefeito de Várzea Grande contrata empresa investigada por fraude”, o Ministério Público do Estado instaurou inquérito civil com objetivo de investigar a contratação da empresa CONSEP - Consultoria e Estudos Pedagógicos Ltda, feita pelo prefeito Robert Eudes Segundo, realizada por dispensa de licitação. A portaria foi assinada pelo promotor José William Pereira Luz no dia 02 de agosto.

A empresa CONSEP - Consultoria e Estudos Pedagógicos Ltda, alvo da operação “Amigos do Rei”, deflagrada pela Polícia Civil do Ceará, com o objetivo de combater fraudes no resultado do concurso público realizado no Município de Baixio, foi contratada pela Prefeitura de Várzea Grande para realizar teste seletivo no município, visando o provimento de 20 vagas para o cargo de professor junto a Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer.

Foto: Reprodução/FacebookRobert Eudes Segundo
Robert Eudes Segundo

Na operação em que a empresa foi alvo, foram presos os sócios da CONSEP, o advogado Tiago Lima Iglesias Cabral, procurador municipal de Picos, e o jornalista Diego Lima Iglesias Cabral.

No decorrer da investigação, na sede da empresa, foram encontradas várias anotações relativas ao concurso, contendo notas de candidatos com resultados diferentes dos publicados e apenas uma folha de resposta de um candidato, que revelou uma pontuação distinta da divulgada no resultado final.

Segundo o promotor William Pereira Cruz, o inquérito foi instaurado para apurar legalidade da contratação da empresa Consep pelo prefeito Robert Eudes Segundo, "considerando sua inidoneidade e possível fraude no teste seletivo do município de Várzea Grande", visto que a empresa “foi alvo de uma operação policial deflagrada em 8 de julho de 2021, no qual os proprietários foram presos por fraudes em seleção pública, indicando que a empresa é inidônea para realização de testes seletivos, o que coloca em dúvida a moralidade administrativa".

O promotor solicitou à empresa Consep cópia das provas e cartões de preenchimento dos aprovados para conferência, inclusive grafotécnica, no sentido de certificar-se se não houve fraude na realização dos testes, devendo apresentar todas as provas de que tenha garantido o sigilo das provas e tomado as providências para a garantia da lisura do teste seletivo.

Outro lado

Procurado pelo GP1, o prefeito Robert Eudes Segundo não atendeu às ligações.

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