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Teresina - Piauí

Envolvida na morte do cabo Claudemir é condenada a 19 anos de cadeia

A defesa de Thais Monait revelou no julgamento que ela está grávida. O julgamento durou mais de 12 horas.

O Tribunal Popular do Júri, condenou Thais Monait Neris de Oliveira, a 19 anos e 30 dias de prisão pela participação no assassinato do cabo da Polícia Militar do Piauí, Claudemir Sousa, morto na porta de uma academia no bairro Saci, zona sul de Teresina, em 06 de dezembro de 2016.

O julgamento foi presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto e ocorreu no auditório do Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto, 5º Andar, na 1ª Vara do Júri, no bairro Cabral, centro-norte de Teresina. A sessão teve início às 8h30 e durou 12 horas. Na sessão, a defesa de Thais revelou no julgamento que a ré está grávida de oito meses.

Foto: Divulgação/PM-PIThais Monait Neris de Oliveira
Thais Monait Neris de Oliveira

De acordo com o promotor de Justiça João Malato Neto, Thais Monait teve a função de “olheira”, pessoa responsável por avisar aos executores do homicídio, o momento em que a vítima sairia da academia de ginástica, localizada na Avenida Principal do Saci.

Prisão preventiva

No dia 16 de setembro, o Tribunal de Justiça decretou a prisão preventiva da ré, pois o Ministério Público alegou descumprimento dos compromissos assumidos quando da concessão da liberdade provisória, uma vez que ela não teria informado ao Juízo sobre sua mudança de endereço, estando desde então em endereço desconhecido.

Relembre o caso

O cabo Claudemir Sousa, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar, foi morto com vários tiros, no dia 6 de dezembro de 2016, na porta de uma academia na avenida principal do bairro Saci, zona sul de Teresina. Uma câmera de segurança da academia flagrou o momento em que o policial foi surpreendido por um criminoso.

Foto: Alef Leão/GP1Familiares pedem justiça para o cabo Claudemir
Familiares pedem justiça para o cabo Claudemir

Horas após o assassinato, cinco pessoas foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre essas, um funcionário da Infraero, que as primeiras investigações indicam que foi o mandante do assassinato, e também um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matar o policial militar. Na tarde do mesmo dia foi preso Flávio Willames, que havia saído há dois meses do Complexo de Pedrinhas, em São Luís-MA.

Em janeiro, o promotor Régis de Moraes Marinho denunciou oito acusados da morte do policial: Maria Ocionira Barbosa de Sousa (ex-diretora administrativa do Hospital Areolino de Abreu), Leonardo Ferreira Lima (ex-funcionário da Infraero), Francisco Luan, Thaís Monait Neris de Oliveira, Igor Andrade Sousa, José Roberto Leal da Silva (taxista), Flávio Willame da Silva e Weslley Marlon Silva.

Morte de dois acusados

Igor Andrade Sousa, vulgo “Igor Gordão”, de 23 anos, acusado de envolvimento da morte do cabo Claudemir, morreu na noite de 6 de fevereiro de 2020 após sofrer complicações decorrentes de dois tiros, em agosto de 2019, no Parque Piauí.

Igor foi apontado como a pessoa que ficou responsável para ceder aos assassinos as armas de fogo e o carro, de modelo Fiat Uno. O veículo era furto de um assalto, que aconteceu na Rua Celso Pinheiro, próximo à Pizzaria D’Goes, situada no Bairro Cristo Rei (zona Sul).

Flávio Willame da Silva, de 33 anos, foi executado com dez disparos de arma de fogo, no dia 11 de dezembro de 2019, ao lado da Unidade Escolar Benjamin Batista, nas proximidades do Estádio Municipal Lindolfo Monteiro, no centro de Teresina.

Ele era acusado de ser autor dos disparos que culminou na morte do policial Claudemir.

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