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Teresina - Piauí

Idoso que estuprou menina por 12 anos em Teresina morreu asfixiado, diz IML

Segundo a Polícia Civil, ainda não é possível saber se o idoso cometeu suicídio ou foi assassinado.

O corpo do idoso encontrado na tarde dessa quarta-feira (26), por volta de 15h, em um clube desativado próximo ao Finess Buffet, na Avenida Presidente Kennedy, bairro Morros, na zona leste de Teresina, foi identificado. Trata-se de Raimundo Nonato de Sousa, de 64 anos, acusado de estuprar uma adolescente de 16 anos, que é neta de sua companheira, por mais de 12 anos.

O GP1 apurou que a causa da morte de Raimundo Nonato foi asfixia. O corpo do idoso foi encontrado por um trabalhador que estava realizando a limpeza no local. A suspeita é que corpo estivesse ali há pelo menos três dias. O cadáver foi liberado pelo Instituto de Medicina Legal de Teresina e foi levado para o bairro de Fátima, no município de Campo Maior, onde será enterrado.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1O corpo foi removido pelo IML
O corpo foi removido pelo IML

Devido as circunstâncias da causa da morte, não foi possível apontar se o idoso cometeu suicídio ou foi assassinado.

Acusação de estupro

Raimundo Nonato de Sousa chegou a ser detido e levado à Central de Flagrantes de Teresina no dia 18 de outubro de 2022, após proferir ameaças a adolescente, mas foi liberado em seguida, pois até então não havia mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça, nem provas legais que pudessem garantir sua prisão em flagrante. A avó e a mãe da adolescente sequer foram conduzidas.

Menina diz que mãe e avó sabiam dos abusos

O GP1 obteve, com exclusividade, documentos que revelam um detalhe macabro do caso da adolescente de Teresina estuprada desde os 4 anos pelo marido da avó. Nossa reportagem teve acesso aos depoimentos das irmãs da vítima, onde elas afirmam que a avó e a mãe da adolescente sabiam dos abusos há alguns anos, e nunca fizeram nada para proteger a menina, em total conivência com o criminoso.

A adolescente relatou às duas irmãs, já maiores de idade, que desde os 4 anos vinha sendo vítima de abusos sexuais cometidos pelo esposo de sua avó materna. A vítima chegou até a ser internada com crises de ansiedade e depressão.

A jovem contou às irmãs que quando era criança sofria na casa da mãe porque a genitora não a alimentava e nem cuidava dela. Ela relatou que chegou a comer uma fruta que havia caído no esgoto, por falta de comida, e que chegou até a presenciar a mãe mantendo relação sexual com diversos parceiros.

Sabendo da vulnerabilidade da criança, o companheiro da avó materna da vítima pediu a sua mãe para levá-la para casa e cuidar dela. De acordo com a jovem, ela tinha cerca de 4 anos quando sofreu o primeiro abuso sexual. Ela disse que o abusador pediu para que ela não contasse para ninguém e que não perdia nenhuma oportunidade de abusar dela, que quando adolescente, ele passou a querer controlar sua vida, mandando mensagem o tempo todo e ameaçando que sua avó poderia ser presa.

Relatou ainda que o abusador dizia que queria “ter um filho” seu e que iria fugir com ela.

A adolescente revelou às irmãs que os abusos eram do conhecimento da avó e que sua mãe descobriu que ela estava sendo vítima de estupro quando ela tinha 10 anos. A vítima então pediu à sua mãe que denunciasse, no entanto, ela não o fez.

A menina contou às irmãs que sua avó a culpava pelos abusos sexuais e que sofria ameaças frequentes do abusador, da avó e da própria mãe, que chegou a dizer que iria “comprar uma corda e enforcá-la”, caso ela contasse dos abusos sofridos para alguém.

A jovem relatou ainda que a avó chegou a presenciar os abusos três vezes e que a chamava de “vagabunda”, a culpando pela violência que sofria.

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