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Teresina - Piauí

Envolvido na morte de criança tem extensa ficha criminal, diz Barêtta

“Ele é conhecido como ‘Neymar’ e tem uma ficha criminal que é um verdadeiro rosário de crimes", afirmou.

O delegado Barêtta, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou em entrevista ao GP1, nesta segunda-feira (14), que o envolvido no assalto que resultou na morte da pequena Débora Vitória, de 6 anos, na última sexta-feira (11), possui uma extensa ficha criminal.

Segundo Barêtta, Clemilson da Conceição Rodrigues responde a diversos processos como, por exemplo, feminicídio e homicídio. “Ele é conhecido como ‘Neymar’ ou ‘morcego’ e tem uma ficha criminal que é um verdadeiro rosário de crimes. Ele responde por feminicídio, homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma e assaltos”, afirmou.

Foto: Alef Leão/GP1Diretor do DHPP, delegado Barêtta
Diretor do DHPP, delegado Barêtta

Ainda de acordo com Barêtta, Clemilson utilizava uma tornozeleira eletrônica, que foi arrancada por ele para continuar cometendo crimes. “Ele estava usando tornozeleira, ele rompeu a tornozeleira e estava praticando crimes. É um indivíduo que faz do crime o seu meio de vida”, pontuou.

Trabalho em conjunto

O diretor do DHPP ressaltou a importância de uma atuação conjunta de órgãos no combate a criminalização. “O Poder Judiciário, Ministério Público e polícia têm que trabalhar em conjunto porque senão a sociedade fica padecendo com esses indivíduos soltos e aí não vai para lugar nenhum”, declarou Barêtta.

Foto: Alef Leão/GP1Delegado Francisco Costa, o Barêtta
Delegado Francisco Costa, o Barêtta

“A polícia está fazendo o trabalho dela, eu reconheço que temos algumas deficiências, que temos nossas limitações, mas estamos investigando, estamos dando a resposta no dia a dia, agora é preciso que esses indivíduos fiquem presos, que sejam julgados para que sejam inocentados ou condenados”, reforçou o delegado Barêtta.

Críticas

O delegado criticou ainda a liberação de criminosos com uso de tornozeleira eletrônica. “Não pode é colocar tornozeleira na perna de criminosos que praticam crimes graves como homicidas, latrocidas, traficantes, assaltantes, isso não, nós não podemos aceitar essas medidas de maneira nenhuma”, enfatizou Barêtta.

“Estamos fazendo o nosso trabalho que vai ser feito, independentemente de quem quer que seja. A Polícia Civil jamais será omissa, jamais será inerte quando a sociedade estiver sofrendo ou sendo ameaçada por qualquer criminoso”, concluiu o delegado Barêtta.

O crime

A pequena Débora morreu e sua mãe ficou ferida após as duas serem baleadas durante um assalto na noite de sexta-feira (11). Segundo as informações repassadas ao GP1 pela Guarda Civil Municipal, o crime ocorreu no momento em que mãe e filha chegavam em casa em uma motocicleta, quando foram abordadas por dois criminosos.

Foto: Reprodução/InstagramDébora Vitória
Débora Vitória

Um policial ainda não identificado reagiu à investida dos criminosos e então, iniciou-se uma troca de tiros com os assaltantes. Em meio ao tiroteio, é que mãe e filha foram baleadas.

Um vizinho levou as duas ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), no entanto, a criança acabou não resistindo e já chegou sem vida na unidade de saúde.

Prisão dos acusados

Na mesma noite em que ocorreu o fato, o primeiro envolvido foi preso pela Força Tarefa da Secretaria de Segurança Pública, por volta das 21h. Mais tarde, às 22h30 o segundo envolvido, o homem identificado apenas como Clemilson também foi preso na mesma área onde ocorreu o assassinato da criança, após intensa buscas policiais que duraram cerca de 3 horas e meia.

Mãe da criança afirma que policial matou sua filha

Em entrevista exclusiva ao GP1, nesse domingo (13), a mãe de Débora Vitória, Dayane Gomes, afirmou que o tiro que matou sua filha saiu da arma de um tenente da Polícia Militar do Piauí, vizinho da família, que presenciou o assalto e reagiu contra os bandidos.

Foto: Lucas Dias/GP1Dayane Gomes
Dayane Gomes

“O assaltante disse assim, quando ele viu que [o policial] estava com a arma, ‘não atira que eu não vou atirar’ e ele [policial] já veio atirando. Na hora que ele atirou, o primeiro tiro pegou na minha filha. A bala saiu da arma dele [do policial], eu pedi pelo amor de Deus para ele não atirar e ele atirou novamente. Ele atirou por três vezes na gente. O primeiro tiro foi dele, pegou nas costelas da minha filha e atravessou para o outro lado”, explicou a mãe.

Exame de balística vai apontar quem matou criança

Ainda no domingo (13), o delegado Barêtta informou que somente um exame de microcomparação balística poderá apontar quem foi o autor do disparo que matou a criança. "Eu já determinei que fosse feito o exame de local e também exame de microcomparação balística. Independentemente de quem seja o autor do disparo, nós vamos dar a resposta, vamos mostrar quem foi a pessoa que atirou, evidentemente que se foi a terceira pessoa [policial] ele não tinha a intenção de acertar a criança", explicou.

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