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Teresina - Piauí

Mãe de jovem morta pelo PCC em Teresina diz que filha foi enganada por amigas

As duas amigas de Maria Camila foram presas nesta quinta-feira (09), pelo Departamento de Homicídios.

A dona de casa Maria Cleone, mãe da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, concedeu entrevista ao GP1 nesta quinta-feira (09) e falou dos desdobramentos da investigação sobre a morte da filha, que foi assassinada em abril deste ano em Teresina. A mãe afirma que a garota de 15 anos foi enganada pelas próprias amigas, que a levaram para o local onde foi morta.

As duas amigas as quais a dona de casa se refere foram presas nesta quinta (09) pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Elas foram identificadas pelas iniciais I. T. S. A e A. V. S. C. e, segundo a mãe de Maria Camila, são integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Ela estava com elas no dia que desapareceu. Foram elas que levaram a Maria Camila, inclusive depois disso teve até sequestro forjado, para despistar a polícia. Andavam as três juntas, eram amigas e no dia 23 de abril as três desapareceram”, relatou Maria Cleone.

Foto: Reprodução/WhatsAppMaria Camila Ferreira da Silva
Maria Camila Ferreira da Silva

A mãe de Maria Camila disse ainda que já chegou a ir buscar a filha na casa das duas mulheres, mas negou que a adolescente tivesse envolvimento com a facção criminosa da qual as duas fazem parte. “Um dia eu fui buscar a Camila na casa delas. Minha filha era usuária, andava com elas, mas só era envolvida com elas mesmo, não era de facção”, disse a mãe de Maria Camila.

Maria Cleone confirmou ainda que uma das presas exerce uma função de liderança na facção criminosa e disse que pediu a Deus para que a Justiça fosse feita e os responsáveis fossem punidos. “Ela [presa] é fichada no crime, comanda a facção. Mas a justiça de Deus não falha, eu pedi muito a Deus que os responsáveis fossem presos e pagassem pelo que fizeram com a minha filha”, desabafou Maria Cleone.

Prisão das acusadas

O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriu na manhã desta quinta-feira (09), mandados de prisão temporária contra duas mulheres identificadas como I. T. S. A e A. V. S. C, acusadas de envolvimento na morte da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, em abril deste ano. Uma terceira pessoa está foragida. I. T. S. A é conhecida como "Bibi Perigosa" e líder de uma facção que atua na zona sul de Teresina.

Presas são envolvidas com facção criminosa

A delegada Natália Sampaio revelou que as presas integram uma facção criminosa e que uma delas exerce uma função de liderança nesse grupo criminosa que atua na zona sul de Teresina. Além disso, a delegada não descarta a possibilidade de ter partido dela a ordem de execução da adolescente Maria Camila.

“Uma das presas exerce uma função de liderança na facção, mas com relação a dinâmica do crime, realmente a gente ainda está em fase de apuração. Estão sendo feitos os levantamentos, ainda estamos em fase de diligências, oitivas sendo realizadas. Eu não descarto a possibilidade, nós temos um prazo de 30 dias em relação a prisão temporária para concluir as investigações e acredito que esse prazo vai ser essencial para ouvir os que estão pendentes de oitivas”, ressaltou Natália Sampaio.

Entenda o caso

Equipes da Polícia Civil do Piauí encontraram o corpo da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, de 15 anos, no dia 27 de abril de 2022. Segundo a mãe da adolescente, Maria Cleone, Camila tinha envolvido com pessoas ligadas ao crime. Ela saiu de casa no dia 23 de abril e desde então não foi mais vista com vida.

O corpo de Maria Camila foi encontrado em uma área de mata de difícil acesso no Povoado Boquinha, na região da Usina Santana, na zona sudeste de Teresina. O corpo da garota apresentava severas marcas de violência.

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