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Teresina - Piauí

Empresário descumpre medida cautelar e é preso pela quarta vez em Teresina

Waldistom Oliveira teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela juíza Cássia Lage de Macedo.

Um empresário que atua no ramo de revendedora de veículos foi preso na última quarta-feira (27) em Teresina, por porte ilegal de arma de fogo. Essa foi a quarta prisão de Waldistom dos Santos Oliveira, que havia sido preso pela Polícia Federal em setembro de 2020, na Operação Integração, e em junho de 2021 pelo DHPP, no âmbito da Operação Codinome 40. A outra prisão ocorreu em 2014, e foi realizada pela PF com apoio da Polícia Civil do Maranhão.

Waldistom Oliveira cumpria medida cautelar, com uso de tornozeleira eletrônica, decorrente de processos relacionados a outras práticas criminosas. Ele teve a prisão por porte ilegal de arma de fogo convertida em preventiva nessa quinta-feira (28), por determinação da juíza Cássia Lage de Macedo.

De acordo com os autos, o empresário foi preso na madrugada do dia 27 pela Polícia Militar na rua Rui Barbosa, no bairro São Joaquim, zona norte de Teresina. A equipe realizava rondas na região e decidiu abordar o veículo conduzido pelo acusado, um Toyota Corolla. Ao revistar o automóvel, os policiais encontraram uma pistola da marca Taurus municiada com 17 munições intactas e dois carregadores, cada um com 17 munições.

Waldistom Oliveira foi preso e conduzido à Central de Flagrantes, onde foi autuado. Sua prisão em flagrante foi homologada pela juíza Cássia Lage, que analisou parecer do Ministério Público, que opinou pela prisão preventiva. A magistrada também avaliou pedido da defesa, que pediu a concessão da liberdade provisória, sem aplicação de medidas cautelares.

A juíza entendeu que estavam presentes os requisitos formais previstos no Código de Processo Penal, “não havendo nenhuma ilegalidade a justificar o relaxamento da prisão procedida pela Autoridade Policial, pois, foi realizado mediante condutor e testemunhas, todos foram ouvidos e assinaram o auto e encontrando-se instruído com a nota de culpa”.

Antecedentes

Observando os registros criminais de Waldistom Oliveira, a magistrada verificou que ele possui uma sentença condenatória aguardando julgamento de recurso junto à 1ª Vara Criminal de Timon (MA), e outras sentenças transitadas em julgado.

“Tem-se, assim, que o flagranteado em que pese tenha tido chances de reavaliar suas condutas, mesmo assim, continua optando pela continuidade das práticas ilícitas, não constituindo, esta autuação, um fato isolado, além de restar comprovada a insuficiência de medidas cautelares diversas para salvaguardar a ordem públicas de suas condutas delinquentes”, destacou a juíza na decisão.

Diante disso, a magistrada converteu a prisão em flagrante em preventiva. “Em consonância com o parecer ministerial, converto a prisão em flagrante em prisão preventiva do autuado Waldistom dos Santos Oliveira, diante do justo receio de que, em liberdade, cause risco à ordem pública”, determinou.

Prisões anteriores

Segundo apuração do GP1, Waldistom Oliveira foi preso no ano de 2014 durante uma operação da Polícia Federal em parceria com a Polícia Civil do Maranhão. Na ocasião, ele estava sendo investigado por suposta participação em assalto a uma agência dos Correios. Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão, ele acabou sendo preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e drogas, e foi solto dias depois.

No dia 09 de setembro de 2020, o empresário foi preso pela Polícia Federal em Timon, no âmbito da Operação Integração, suspeito de protocolar documentos falsos junto à PF com intuito de adquirir o porte de uma arma de fogo.

Nove meses depois, no dia 04 de junho de 2021, Waldistom Oliveira foi preso novamente, dessa vez pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa – DHPP, no âmbito da Operação Codinome 40, deflagrada com objetivo de investigar o assassinato de um corretor de veículos em Teresina, crime ocorrido em dezembro de 2020. Segundo o DHPP, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, os policiais verificaram que contra o empresário havia um mandado de prisão em razão de um homicídio ocorrido no Maranhão.

Organização criminosa

O GP1 apurou que Waldistom Oliveira é réu na Justiça do Maranhão, acusado de integrar organização criminosa. No dia 14 de julho deste ano a Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados recebeu denúncia contra o empresário, e designou audiência de instrução e julgamento para o dia 22 de agosto.

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