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Teresina - Piauí

Morte da Tainah pode se transformar no caso Fernanda Lages, diz Marcelo Rocha

O jornalista lembrou da demora na conclusão do inquérito que investigou a morte de Fernanda Lages.

O jornalista Marcelo Rocha, pai da jovem Tainah Brasil, que foi assassinada a facadas no dia 16 de maio, fez um desabafo na manhã desta sexta-feira (02), no qual afirma ter medo que o caso da filha tenha o mesmo desfecho da morte de Fernanda Lages, que foi a conclusão da Polícia Federal por suicídio ou morte acidental.

“Hoje fazem 110 dias que a Tainah foi morta e nós não tivemos ainda uma resposta de quem foi responsável pela morte Tainá. Se foi a Fernanda, se foi Geovana, se foram as duas ou se a Tainá cometeu suicídio, né? Porque a população começa a ficar preocupada, e a gente também, de que possa vir a ocorrer o que aconteceu no caso da Fernanda Lages”, afirmou Marcelo Rocha.

Foto: Lucas Dias/GP1Marcelo Rocha
Marcelo Rocha

O jornalista lembrou ainda da demora na conclusão do inquérito que investigou a morte de Fernanda Lages e que, no final, o resultado não foi aceito pela população. “Uma demora danada para se dar uma resposta da investigação e quando saiu disse que ela cometeu suicídio e eu tenho certeza que a maioria da população não aceitou essa conclusão da polícia e a gente fica também preocupado, porque a Tainah pode a qualquer hora ter cometido suicídio também né? Colocado uma facada nas costas e mais umas oito, nove lá na frente”, ironizou Marcelo Rocha.

“A população está querendo saber como foi, de fato, essa morte, porque a vítima que foi a nossa filha Tainah, pegou mais de dez facadas dentro de uma casa onde tinham duas pessoas em condições de andar, de caminhar, que eram a Fernanda e Geovana e um senhor que não pode sair da cama. Tainah saiu da casa ferida e depois morreu com mais de dez facadas no hospital”, declarou o jornalista Marcelo Rocha.

Prorrogação do inquérito

O jornalista ainda comentou sobre a prorrogação do inquérito por mais 30 dias. “Se a polícia concluir em mais trinta dias, serão 140 dias que se espera a decisão de quem realmente é a responsável pela morte de Tainah. Mas, a polícia pode também tomar a decisão de que precise de mais 30 dias, pode pedir mais 30 dias, como também a polícia pode concluir em dez dias, quinze dias. Na conversa que nós tivemos com a delegada, eu e os dois irmãos de Tainah, o Vinicius e Tales, a gente viu que parece que não vai ser logo”, pontuou Marcelo Rocha.

Críticas ao Judiciário

Marcelo Rocha criticou ainda a demora na decisão sobre a dilação do prazo, que foi solicitada ainda no mês de junho, mas que o juiz somente deferiu nessa quinta-feira (01).

“A delegada falou hoje que a solicitação da prorrogação foi feita em junho para poder ampliar a investigação por mais 30 dias e depois de mais de 60 dias do pedido, o juiz Valdemir Ferreira autorizou que a polícia possa ter mais trinta dias para continuar a investigação”, destacou Marcelo Rocha.

“Eu sou jornalista, o piso do jornalista é R$ 2.200,00. O salário inicial de um juiz é de quase R$ 30 mil, ou seja, por dia o juiz ganha quase R$ 1 mil e você não puder olhar um documento, ver um papel, pedir para escrever sim ou não? Paciência. A polícia ainda está trabalhando, a passos de tartaruga, mas está, agora a Justiça. Eu acho que os desembargadores deveriam começar a conversar de fato com os juízes para ver o que que eles querem realmente, se for só o salário pede para ficar à disposição de algum outro lugar. Agora, trabalhar como magistrado desse jeito não dá”, concluiu Marcelo Rocha.

O crime

Tainah Luz Brasil Rocha, de 27 anos, morava na cidade de Curitiba, no Paraná, e estava em Teresina apenas visitando familiares e amigos. Ela morreu na manhã do dia 16 de maio, após ser atingida com cerca de sete golpes de faca na região do abdômen, no bairro Mocambinho, na zona Norte de Teresina.

Foto: Reprodução/FacebookTainah Luz Brasil Rocha
Tainah Luz Brasil Rocha

Segundo o irmão da vítima, João Marcelo, Tainah foi esfaqueada durante uma discussão na madrugada do domingo, 15 de maio e, posteriormente, foi levada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde recebeu os cuidados médicos e foi submetida a um procedimento cirúrgico, mas, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 10h da segunda.

A jovem estava na casa da ex-namorada, identificada como Fernanda, onde havia também uma terceira garota, Geovana Thais Vieira da Silva, quando teve início uma discussão entre Tainah e a ex. Na tentativa de intervir na briga, Geovana acabou partindo para cima de Tainah, que recebeu sete golpes de faca, a maior parte na região do abdômen, como contou o irmão.

Na discussão, Fernanda também chegou a ser esfaqueada no braço e no ombro. Ela foi socorrida e encaminhada para o Hospital do Buenos Aires.

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