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Teresina - Piauí

Marcelo Castro diz que PT não pode crescer às custas dos aliados

"A gente não quer que esse fortalecimento do PT ocorra às custas dos partidos da base", alfinetou.

O presidente do Diretório Regional do MDB no Piauí, senador Marcelo Castro, afirmou nessa segunda-feira (16) que o PT não pode buscar o crescimento às custas da sigla emedebista e de outros partidos aliados, que compõem a base do governador Rafael Fonteles (PT). A declaração do senador veio em decorrência das eleições de 2024, sobretudo, em Teresina, onde o deputado estadual petista, Fábio Novo, está como pré-candidato a prefeito e já conquistou apoio de quatro deputados emedebistas.

Em conversa com o GP1 nessa segunda-feira (16), Marcelo avaliou como natural o fato de o Partido dos Trabalhadores ser a legenda com maior nível de crescimento, mas de acordo com ele, esse processo de ampliação deve ser feito com a atração de lideranças oriundas de legendas adversárias e não as que já estão ao lado do governo.

Foto: Lucas Dias/GP1Marcelo Castro
Marcelo Castro

“Admito até que o PT se fortaleça mais do que os outros partidos, por ser governo a nível federal e a nível estadual, isso é um processo natural. Agora, em contrapartida, a gente também não quer que esse fortalecimento do PT ocorra às custas dos partidos da base, não. Nós vamos atrás dos partidos que fazem oposição a gente, das lideranças que estão em oposição a nós, e não aqueles que estão do nosso lado. Isso, de certa forma, traria ou trará algum desconforto”, alfinetou o senador.

O presidente estadual do MDB seguiu externando sua contrariedade com o ‘assédio’ sobre alguns emedebistas, e lembrou que o PT precisa de aliados fortalecidos justamente para oferecer ao Governo do Estado uma base ampla e fortalecida e que possa abrigar aqueles que desejem se somar ao grupo do Palácio de Karnak.

“O governo precisa de partidos fortes, do PT forte, do MDB forte, do PSD forte, e de tantos outros que estiverem na base. Não adianta fortalecer demais o PT, porque no PT não cabe todo mundo. Vamos supor que houvesse um assédio ao MDB, então leva um deputado, depois tem um assédio e leva outro deputado, leva um prefeito, leva outro, e se o MDB resolvesse: pois vamos todos para o PT agora. Caberia? Não cabe, não tem como o PT dar conta, então é melhor o PT ficar forte, o MDB ficar forte, o PSD ficar forte e os outros partidos ficarem fortes”, advertiu Marcelo Castro.

Questionado por nossa reportagem se essas reclamações já foram repassadas ao governador, Marcelo afirmou que já esteve com Rafael Fonteles onde o assunto foi discutido. “A gente ouve, ‘fulano está convidando a pessoa para ir para o PT, porque se for, vai ter ajuda do governo’. Não, o MDB, o PSD, o PCdoB, o PDT são aliados, então se tiver candidatura do PT ou do MDB, vai ter ajuda do governo igualmente. No meu entender, as coisas estão acontecendo. Uma queixa ou outra que pode haver da parte do MDB, também vai haver da parte do PT, do PSD, isso é natural, mas essas tratativas são normais”, encerrou o senador.

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