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Teresina - Piauí

Amiga narra detalhes do assassinato da blogueira Samynha Silva; ouça áudios

Em áudios que circularam no WhatsApp, a testemunha contou detalhes dos últimos momento de vida da amiga.

A jovem Yrla Silva, que estava com a blogueira Samynha Silva no momento em que ela foi assassinada nesse domingo (01), em Teresina, contou detalhes dos últimos momentos de vida da amiga. Ela gravou alguns áudios informando o que aconteceu desde a saída do Eldorado Country Club, no bairro São João, até as jovens chegarem na Avenida João XXIII, onde aconteceu o crime. Os áudios rapidamente começaram a circular em grupos de WhatsApp.

No primeiro áudio, Yrla Silva relata que estava no clube acompanhada de Samynha e de uma terceira amiga, identificada como Alice, e que na saída as três perceberam dois homens em uma motocicleta, em atitude suspeita, olhando para elas. Segundo Yrla, a moça chamada Alice chegou a dizer que os homens eram “os sujos”.

Foto: Reprodução/InstagramYrla Silva e Samynha Silva
Yrla Silva e Samynha Silva

“Foi bem na hora que os caras passaram e voltaram, e ela já ficou ligada. O povo lá do clube também se ligou, que os caras estavam só passando, aí ela ficou até falando assim: ‘rapaz, esses caras aí querem minha moto’, aí a menina que estava com nós [sic] falou: ‘rapaz, aí é os sujos’”, relata Yrla.

Ouça abaixo os áudios:

Pensaram em chamar a polícia

Ainda segundo Yrla, a amiga Samynha chegou a pensar em chamar a polícia, com medo dos suspeitos. “Só sei que eles passaram quatro vezes, daí eles pararam de passar, porque perceberam que o povo estava todo olhando, segurança, todo mundo. Aí ela já ficou com medo. Nós ia [sic] deixar a moto lá e ia vazar de Uber, só que aí eu peguei: ‘rapaz, doido, umbora [sic], vai dar em nada não’. Desacreditei, fui burra demais, fui muito burra. Ela até falou assim: ‘rapaz eu vou ligar é pros homem, pros homem escoltar nós [sic]. Aí a Alice, que estava com nós, disse: ‘não, doido, não tem negócio de chamar os homem não’, diz a jovem no áudio.

Perseguição e morte

As jovens então decidiram ir embora, após verificarem o entorno e perceber que os homens não haviam mais passado pelo local. Samynha, Yrla e Alice saíram na motocicleta Honda XRE 300 (conduzida por Samynha), e quando se aproximavam da Avenida João XXIII os criminosos apareceram, iniciando a perseguição contra elas.

“Nós olhamos tudo e saímos voada [sic], olhando, não tinha ninguém. Depois a menina olhou para trás, eles estavam vindo voado [sic]. E a menina só atrás aperreando: ‘ei, doido, eles estão vindo’, e eu: ‘Alice, cala a boca, parceira, ei, Samya, não olha pra trás não, minha filha, só mete marcha’”, detalha Yrla Silva.

A amiga afirma que Samynha ficou nervosa e por isso não dobrou a direita quando chegou na Avenida João XXIII, razão pela qual elas acabaram sendo alcançadas.

“A Samya ficou nervosa, quando chegou na Toca do Bode, bem na esquina que era pra entrar na rua, ela fez foi subir. Aí tinha uma calçadinha alta para subir para a outra avenida, e não deu não, não dava para subir a moto”, explica no áudio.

Tiros na cabeça

Yrla conta que ela e Alice conseguiram pular da moto e os homens foram para cima de Samynha, efetuando vários disparos de pistola contra a cabeça dela. “Eu fiz só pular da moto, a menina já tinha pulado. Aí foi na hora que ela [Samynha] pulou, os caras: ‘perdeu, vagabunda’, aí só [atiraram] na cabeça, doido. Os caras ainda deram dois [tiros] pro meu rumo e eu só correndo, fazendo zigue-zague no meio da avenida, doido, no pânico. Pensei que eu ia era morrer também, os cara tava [sic] de pistola”, conclui a jovem.

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