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Teresina - Piauí

Polícia Civil do Piauí indicia 24 membros do PCC alvos de operação do DRACO

Todos os indiciados foram alvos da Operação DRACO 89, deflagrada em 25 de janeiro deste ano.

A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), indiciou, no dia 26 de março, 24 membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), pelo crime de integrar organização criminosa, na cidade de Teresina. Todos eles foram alvos da Operação DRACO 89, deflagrada em 25 de janeiro.

Foram indiciados, pelo delegado Eduardo Aquino, os seguintes suspeitos: Talisson Lucas Cardoso da Silva, Marcos Antônio dos Santos Aguiar, Ícaro da Silva Santos, Fernando Batista Cardoso, Aírton dos Santos Araújo Filho, Bruno de Souza Sampaio, Matheus Wagner dos Santos Lima, Antônio Denielson Viana da Silva, Marcos Antônio Rodrigues Costa, Gustavo Henrique Nunes Monteiro, Gabriel de Macedo Pereira da Silva, João Pedro Coelho de Sousa, Cristian Gabriel Nascimento de Matos, Victor Vieira Rocha, Francisco Eduan Pereira dos Santos Araújo, Jairo William Ribeiro dos Santos, Ronaldo Mourão Teixeira, Witallo Regis da Silva Macedo, Wellington Almeida Santana, Luiz David de Sousa Meneses, Romalio Ricardo da Silva, Maygleisson Cardoso Freitas e Silva, Lucas Rocha Machado e Guilherme Henrique Andrade Nunes.

Foto: DivulgaçãoOperação Draco 89
Presos na Operação DRACO 89

As investigações que resultaram no indiciamento tiveram início no segundo semestre de 2023, após a apreensão do celular de Karion Cristiano de Macedo Pedrosa, conhecido como “Kairon do Grau”, que foi preso em março daquele ano. A partir das conversas de WhatsApp extraídas desse aparelho, a polícia identificou um núcleo do PCC envolvido em diversas práticas criminosas na zona leste da capital, incluindo assassinatos de rivais, tráfico de drogas e posse/porte irregular de arma de fogo.

No dia 25 de janeiro, a Operação DRACO 89 foi deflagrada, resultando na prisão de alguns dos indiciados em Teresina e no estado de São Paulo.

Grupos de WhatsApp

Segundo o relatório do inquérito assinado pelo delegado Eduardo Aquino, por meio do celular de “Kairon do Grau” e de outros aparelhos foi possível descobrir diversos grupos de WhatsApp, um deles intitulado “Reggae Madre Teresa”, onde os membros do PCC articulavam uma vingança contra rivais envolvidos no assassinato de Francisco Rafael Marques Miranda, vulgo “Mago de aço”. O crime aconteceu em um baile de reggae na Vila Madre Teresa, região do bairro Piçarreira, zona leste de Teresina.

Além disso, há outros grupos voltados para os “disciplinas”, que são os criminosos responsáveis pela fiscalização do cumprimento das “regras” da facção. Para fazer referência ao PCC, alguns termos são utilizados: 1533, tudo 3, o símbolo da mão com a numérica 3 e de yin-yang.

“A interação nos grupos, principalmente através de chamadas de áudios ou vídeos, ocorre com o fito, além de tratar de assuntos referentes à ORCRIM [organização criminosa], de realizar o planejamento de práticas delituosas e de estratégias para que se esquivem da justiça ou de facções rivais”, diz trecho do relatório policial.

Indiciamento

Diante dos fatos, o delegado do DRACO indiciou os 24 membros do PCC, por integrarem organização criminosa. Caso condenados, cada um pode ser sentenciado a pena de até oito anos de reclusão.

O DRACO deve instaurar inquérito policial específico com objetivo de identificar outros membros da facção que eventualmente tenham relação com os indiciados.

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