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Teresina - Piauí

Acusada de se passar por membro do PCC para aplicar golpes é presa em Teresina

Ela foi presa em flagrante, no bairro Parque Piauí, nessa quarta-feira (18), por uma equipe do DRACO.

Uma mulher identificada como Priscila Rayana Ferreira de Oliveira, de 33 anos, foi presa, nessa quarta-feira (18), pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) acusada de se passar por integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) para aplicar golpes.

Conforme informações do delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, Priscila foi presa em flagrante no bairro Parque Piauí, na zona sul de Teresina, ao tentar aplicar golpe contra uma vizinha.

Foto: Divulgação/PC-PIPriscila Rayana Ferreira de Oliveira
Priscila Rayana Ferreira de Oliveira

“Ela vinha praticando esses golpes e ontem ela tentou aplicar em uma vizinha, da qual ela tinha conhecimento da rotina. Ela começou a mandar diversas mensagens dizendo que fazia parte de uma facção criminosa e que a vizinha tinha passado algumas informações que resultaram em prisões de alguns membros dessa organização criminosa que ela dizia que fazia parte, mas se tratava de um golpe”, explanou.

“Mas, como a gente já vinha monitorando ela e recebemos as informações, ela foi conduzida para o DRACO, confessou o crime e foi autuada em flagrante delito. A vítima ainda apresentou diversas mensagens em seu celular que estava trocando com essa criminosa”, continuou o delegado Charles Pessoa.

Como é o golpe

Segundo o delegado, esse tipo de golpe já é muito comum em todo o país onde os criminosos se passam por membros de facções, mandam mensagens ou fazem ligações para as pessoas afirmando que a facção havia sido prejudicada por conta de informações repassadas por aquela vítima e exigem dinheiro.

“Eles apresentam algumas informações da rotina da vítima, dizem que tem todo o conhecimento da rotina, e relatam informações inverídicas de que a facção criminosa teve um prejuízo ou de prisões ou de operações e que esse prejuízo foi decorrente de informações passadas por aquela vítima, então eles exigem dinheiro, depósitos, transferências bancárias, extorsões mesmo para que, segundo eles, não pratiquem nenhum ato contra essas vítimas”, explicou o delegado.

Foto: Alef Leão/GP1Delegado Charles Pessoa
Delegado Charles Pessoa

“A gente tem verificado, não apenas aqui no Piauí, mas em todas as unidades da federação, uma prática até constante agora que são esses golpes onde indivíduos criminosos se passam por membros de facções criminosas, alguns deles até são membros mesmo”, pontuou Charles Pessoa.

O delegado Charles Pessoa alertou ainda que os golpistas não têm conhecimento da rotina das vítimas, eles apenas têm acesso às informações que estão expostas em redes sociais. “Na verdade, se trata de um golpe, eles, por uma engenharia social, conseguem coletar alguns dados, mas eles não têm conhecimento da rotina da vítima”, ressaltou.

Vítimas devem manter a calma

“Em primeiro lugar, as vítimas têm que tentar manter a calma, sei que é difícil, mas elas têm que tentar manter a calma e não fazer nenhum tipo de transferência ou depósito bancário para esses criminosos. Depois devem bloquear os números que estão entrando em contato e procurar uma unidade policial para que sejam adotadas as providências cabíveis”, declarou Charles Pessoa.

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