O GP1 obteve, com exclusividade, os nomes dos três assessores da Câmara Municipal de Teresina afastados dos seus cargos nesta segunda-feira (14) por força de ordem judicial. A medida foi cumprida no âmbito da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal, que investiga a vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa recentemente, acusada de envolvimento com a facção Bonde dos 40.
Foram afastados do cargo: Stênio Ferreira Santos, lotado como assessor especial da Presidência da Câmara; e Edleny Sany Pinho de Melo e Darielly de Melo Pedreiras, ambas assessoras parlamentares.

Stênio Santos é padrasto da vereadora Tatiana Medeiros e também foi alvo da PF. No início deste mês, quando foi deflagrada a segunda fase da operação, ele foi afastado do cargo comissionado que possuía na Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi).
Procurador-geral da Câmara
Em entrevista à imprensa, o procurador-geral da Câmara, Pedro Rycardo Couto, esclareceu que Darielly e Edleny já haviam sido exoneradas no mês passado, bem como Emanuelly Pinho, alvo da operação no início deste mês.
“Teve a Emanuelly, do gabinete da vereadora Tatiana, tem também a Darielly e Edleny, que também receberam a menina cautelar, e o Stênio, que estava lotado na presidência. Mas todos eles ligados à vereadora Tatiana Medeiros”, afirmou Rycardo Couto.
Prazo do afastamento
O procurador disse que na ordem judicial não foi especificado o prazo de duração de medida cautelar, que também impede os ex-assessores de acessar as dependências da Câmara e de ter contato com qualquer pessoa lotada na Casa.
“Daremos cumprimento fiel à decisão do Judiciário relacionado a esse afastamento. São medidas cautelares de afastamento, eles não podem ter contato com as pessoas aqui da Casa e nem no local e está relacionado a essa questão a ainda de investigação da Polícia Federal. Não veio essa especificação [sobre prazo da medida], assim como também não veio nenhum da vereadora e nem da outra servidora comissionada”, concluiu o procurador-geral.
Escudo Eleitoral

Tatiana Medeiros é investigada por suspeita de ter sua campanha eleitoral financiada pela facção Bonde dos 40. O esquema teria sido operado por meio de seu namorado, Alandilson Passos, apontado como membro da organização criminosa.
Na ocasião em que foi presa, a vereadora foi afastada do seu cargo parlamentar.
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