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Teresina - Piauí

Polícia investiga empresárias após confusão com advogada em posto de combustíveis em Teresina

Fato ocorreu após a advogada indicar fraude em um posto de combustíveis da família das empresárias.

A Polícia Civil do Piauí está investigando as empresárias e influenciadoras Thayres Leite Moura Coelho e Thamyres Leite Moura Sampaio, denunciadas pela advogada Nathália Freitas, que as acusou dos crimes de calúnia, injúria e difamação. O caso teve início após a advogada indicar possível fraude em posto de combustíveis de propriedade dos maridos das denunciadas, que são irmãs gêmeas.

O inquérito policial foi instaurado no dia 20 de maio pela 2ª Delegacia Seccional de Teresina – Divisão 1. Na última quarta-feira (8), o delegado Luís Alberto Barbosa, que preside o inquérito, pediu ao Poder Judiciário a prorrogação do prazo para concluir as investigações.

Foto: Reprodução/InstagramThayres e Thamyres foram denunciadas pela advogada Nathália Freitas
Thayres e Thamyres foram denunciadas pela advogada Nathália Freitas

A situação investigada começou no dia 31 de março, quando a advogada Nathália Freitas abasteceu seu veículo no posto HD 13, localizado no cruzamento das avenidas Dom Severino e Ininga, zona leste de Teresina. Ela pediu para abastecer o tanque e pagou R$ 359,65, com a bomba indicando abastecimento de 61 litros. No primeiro momento, ela estranhou o valor, pois sempre enchia o tanque por aproximadamente R$ 310,00, e quando chegou em casa, conversando com o marido ela levantou a suspeita de fraude.

Diante dessa suspeita, a advogada entrou em contato com um mecânico da concessionária autorizada e consultou o manual do veículo, concluindo que o tanque daquele modelo comportava, no máximo, 53 litros.

Munida dessa informação, ela se dirigiu ao posto e falou com os responsáveis, que se negaram a ressarcir a diferença que ela teria pago a mais. Diante disso, em outra ocasião, ela foi ao local e gravou um vídeo, denunciando ter sido vítima de fraude.

Depois desse episódio, as empresárias Thayres e Thamyres Moura foram para as redes sociais rebater a advogada, afirmando que ela estava tentando se aproveitar da situação por “minutinhos de fama”.

Pedido de investigação

Nathália Freitas procurou a polícia no dia 23 de abril, solicitando abertura de inquérito para apurar os fatos, a fim de que as empresárias fossem responsabilizadas pelos crimes de calúnia, injúria e difamação.

Vídeos

A advogada anexou aos autos diversos vídeos das empresárias se referindo a ela, publicados nos stories do Instagram de Thayres, que chega a afirmar que seu marido havia investigado a vida de Nathália e verificado que ela era uma “malandrinha”. Assista:

“Essa menina, que se chama Nathália, é conhecida, não é a primeira vez que ela fez isso, diz que ela já é conhecida por ser pilantrinha, sabe, fazer essas coisas?! Ela abasteceu o carro às treze horas. Ela foi em casa, voltou à noite toda arrumada, querendo os trezentos reais, como não conseguiu, ela foi toda armada. Então, a gente crê que ela já foi com tudo meio que planejado. A gente foi atrás de tudo, puxar a ficha dela, a gente está um pouco mais tranquila em saber que ela é esse tipo de pessoa, ou seja, ela não tem credibilidade”, afirma Thayres no vídeo.

Foto: ReproduçãoPrints anexados aos autos pela advogada
Prints anexados aos autos pela advogada

Ao lado da irmã, Thamyres concordou com as declarações. “Ela vai ter que segurar os B.O.s dela agora, ela não é advogada?! Pois a gente é praticamente juíza”, disse. Nathália Freitas também mencionou um vídeo em que as irmãs teriam dito que ela “mexeu com a família errada” e “mexeu com 600 pessoas”.

Depois dessas declarações, a advogada foi a outro posto de combustíveis e registrou o abastecimento do seu carro, onde o tanque ficou cheio com 53,84 litros.

OAB defendeu advogada

Em nota publicada no dia 9 de abril, a Comissão da Mulher Advogada da OAB Piauí saiu em defesa de Nathália Freitas. “No caso recente envolvendo a advogada Nathalia Freitas, as Comissões esclarecem que não há na OAB-PI qualquer registro de prisão, processo criminal ou fato que desabone sua conduta como profissional. Quaisquer tentativas de associar sua imagem a práticas ilícitas são inaceitáveis e merecem repúdio”, diz o pronunciamento.

Polícia pediu dilação de prazo

O delegado Luís Alberto encaminhou ofício ao Poder Judiciário solicitando a dilação do prazo para concluir o inquérito, sob alegação de que ainda eram necessárias algumas diligências para finalizar a investigação.

Outro lado

Procuradas pelo GP1, as irmãs Thayres e Thamyres Moura disseram não ter conhecimento do inquérito e preferiram não se manifestar.

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