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Central única de Flagrantes do Piauí não tem cela feminina

A Central que é tida como "modelo" para o País, só dispõe de um xadrez, que comporta dez presos e contam com dois pares de algemas.

Menores recolhidos junto com adultos, inexistência de cela feminina, presos autuados recolhidos junto com não autuados, falta de alojamento para as policiais femininas, goteiras por toda a parte, essas são algumas das várias deficiências que existem na Central Única de Flagrante, construída recentemente, em Teresina, e inaugurada pelo Secretário de Segurança, Robert Rios e o governador Wellington Dias.

A Central que é tida como "modelo" para o País, só dispõe de um xadrez, que comporta dez presos. Os policiais que trabalham no local, também só contam com dois pares de algemas, que eles consideram insuficientes para lutar com vários presos que muitas vezes são autuados, na Central, no mesmo momento.

Há informações de que são cinco delegados por cada plantão de 24 horas, mas muitas vezes, o delegado que está escalado para dar apoio não comparece. Policiais que já estão na Polícia Civil do Piauí, há vários anos, questionam o fato de continuarem prestando serviços na referida Central, enquanto aqueles que ingressaram a pouco tempo na Polícia Civil (agentes e delegados), deveriam está lotados lá, e recebem é privilégios da cúpula da Segurança.

A Central Única de Flagrantes é considerada a Grande Escola da Polícia Civil. Outro fato também questionado, é que a Central é coordenada por uma delegada de 3ª Classe, o que não respeita a hierarquia da Polícia Civil. Atualmente, a Central de Flagrantes é comandada pela delegada Cristiane Vasconcelos. Estão subordinados a ela os delegados de Classe Especial, identificados por Darwin Pestana, Benoni Girão, Paulo César Eckart e Carlos Jorge.

Os policiais que estiveram na redação do Portal GP1 para fazer as denúncias, e que pediram sigilo dos seus nomes, também questionam o fato do Grupo SOE-Suporte de Operações Especiais, vir sendo comandado por uma delegada de 3ª Classe, Daniele Barros, que entrou recentemente na Polícia Civil. Eles entendem que o SOE vem fazendo um grande trabalho, mas deveria ser comandado por um delegado de Classe Especial ou superior a 3ª Classe, respeitar a hierarquia.

Outro lado

O Portal GP1 entrou em contato com o Delegado Geral da Polícia Civil do Piauí, James Guerra Júnior, para falar sobre a denúncia feita ao GP1.

Menores

O delegado explicou que os menores levados para Central Única de Flagrantes não permanecem em celas com os adultos. O menor só fica na Central enquanto se faz o procedimento de encaminhamento da ocorrência,  logo em seguida ele é conduzido para a delegacia especializada.

“ Na realidade a Central Única de Flagrantes não é para prender e sim registrar ocorrências e partir daí, entra em cena a unidade que contacta a delegacia mais próxima do fato delituoso e aciona os agentes para realizar diligências. Lembrando que a Central faz apenas o encaminhamento das ocorrências”, afirmou James Guerra.

Alojamentos

Sobre a falta de alojamentos para as policiais femininas, o delegado disse que a Central tem duas salas para os delegados; uma sala com duas beliches para os dois policiais de plantão de 24 horas, independente ser mulher ou homem.

Período chuvoso

Outra deficiência da Central são as goteiras por toda parte, que segundo o delegado Geral da Polícia Civil, é um problema fácil para se resolver, apenas acionar o setor de engenharia.

Privilégios

Quanto aos privilégios de policiais recem ingressos na carreira assumindo postos de comando, o delegado James Guerra informou que isso é muito relativo, já que a legislação pertinente ao caso não proíbe.

“ Enquanto uns querem ir pra Central de Flagrantes outros não querem. Quem quiser mudar é só pedir, não existe essa coisa de privilégios”, sentenciou James Guerra. 
 

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