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Profissionais da saúde de Picos entram em greve por tempo indeterminado

Movimento grevista foi deflagrado na última quinta-feira, 13, após a prefeitura se negar a apresentar contraproposta à categoria.

 Para pressionar os gestores a abrir um canal de negociação e apresentar uma contraproposta que atenda à categoria, profissionais da saúde do município de Picos entraram em greve por tempo indeterminado na manhã da última quinta-feira, 13 de outubro, e garantem que continuarão de braços cruzados até que suas reivindicações sejam atendidas.

Imagem: José Maria Barros/GP1 Com a greve postos de saúde ficaram vazios(Imagem:José Maria Barros/GP1) Com a greve postos de saúde ficaram vazios

Como estratégia de luta os grevistas reuniram-se cedo no pátio da Secretaria Municipal da Saúde e ficaram a espera de uma contraproposta que havia sido apresentada pelo município. Porém, não puderam conversar com a gestora Hildegardes Gomes de Medeiros Borges, a Maninha, que, segundo informações de assessores, estava viajando para Teresina e somente retorna na próxima segunda-feira, dia 17.

Segundo o presidente da Associação dos Profissionais do Programa Saúde da Família do Município de Picos (APPSF), Winston Alves Silva, a greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia geral realizada no dia 5 de outubro e comunicada oficialmente aos gestores conforme determina a lei.

Imagem: José Maria Barros/GP1Profissionais da discutem estratégias de luta(Imagem:José Maria Barros/GP1)Profissionais da discutem estratégias de luta

“Estamos aqui na secretaria municipal de Saúde para avaliar uma contraproposta que foi apresentada pelos gestores. Vamos conversar, discutir e decidir se aceitamos ou não, já que a categoria está dividida a respeito, já que uns são a favor e outros contra. De qualquer forma, a greve continua, pois, infelizmente, não existe ninguém aqui que possa conversar com a gente”, explicou Winston Alves.

O sindicalista denunciou ainda que está existindo um tratamento diferenciado em relação aos médicos, enquanto os dentistas e enfermeiros estão sendo colocados de lado. “Prova disso, é que não tem ninguém aqui na secretaria para conversar com a gente”, denunciou.

Imagem: José Maria Barros/GP1Winston Alves, líder do movimento(Imagem:José Maria Barros/GP1)Winston Alves, líder do movimento

Winston Alves disse que as principais reivindicações da categoria são aprovação do Plano de Cargos, Salário e Carreira e aumento salarial, haja vista que os salários estão congelados há muito tempo. “Temos colegas que estão trabalhando há dez anos na prefeitura e o salário é o mesmo. Colocando a partir do concurso, já são quatro anos sem qualquer aumento”, alfinetou.

No tocante a adesão ao movimento Winston Alves disse que está boa e a razão maior é o fato de não está havendo respeito por parte dos gestores em cumprir os prazos de negociação. A categoria iniciou as conversações no dia 4 de junho, fez uma paralisação de advertência no dia 28 de agosto deste ano e até a decretação da greve o município não tinha apresentado nenhuma contraproposta.

Imagem: José Maria Barros/GP1ede da secretaria municipal da Saúde de Picos(Imagem:José Maria Barros/GP1)ede da secretaria municipal da Saúde de Picos

Os profissionais da saúde denunciam ainda que há vários problemas nas condições de trabalho e no atendimento à população, porém, a principal reivindicação é a questão salarial, tendo em vista que Picos paga o pior salário de toda a região em qualquer que seja o cargo na área de Saúde: dentista, enfermeiro, técnico ou motorista.

Em cumprimento a Lei 7.783/89, o sindicato comunicou com antecedência o início da paralisação, garantindo que serão mantidos em funcionamento 30% dos Programa Saúde da Família e Saúde Bucal.

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