Situação do serviço de transporte coletivo é debatido em Picos

O Ministério Público do Estado do Piauí, através do Núcleo das Promotorias de Picos, promoveu na noite da última quarta-feira, 2, debate sobre o transporte coletivo do município. O evento foi realizado no plenário da Câmara de Vereadores e reuniu representantes dos usuários e da administração.

Presidida pela promotora de justiça, Micheline Ramalho Serejo Silva, a audiência pública teve início às 20 horas e se prolongou até as 22h30. Nesse tempo foram amplamente discutidos os constantes aumentos nas passagens do transporte público em Picos. Também se debateu quais medidas poderiam ser tomadas para se chegar a um consenso entre o proprietário da empresa que explora o serviço, Prefeitura e usuários.
Representando a Prefeitura participou do debate o Procurador Geral do Município, advogado José Neto Monteiro. Também presentes na audiência o secretário municipal de Trânsito, Manoel Vieira de Barros Lima; presidente do Sindserm, Edna Moura e representantes dos usuários, principalmente estudantes. A empresa LDL não enviou ninguém para a audiência pública.

A promotora Micheline Serejo disse que houve uma representação dos estudantes e, provocado, o Ministério Público passou a colher a documentação para vê se realmente esses aumentos abusivos no preço da tarifa do transporte coletivo procedem.
“A audiência pública é uma forma de se tentar encontrar uma solução intermediária para poder se avançar na qualidade do serviço”, explicou a promotora Micheline Serejo.

Para o Procurador Geral do Município, José Neto Monteiro, foi uma audiência de alto nível, propositiva e onde se escutou os estudantes. “Estamos atentos as angústias deles, queremos dialogar ainda mais, estreitar os laços da administração com a classe estudantil. Porém, entendemos que o melhor é a manutenção do serviço. Vamos aumentar a fiscalização e atentar mais para as demandas apresentadas na audiência pública” - anunciou
Segundo José Neto Monteiro, a audiência foi proposta pelo Ministério Público. Ao final foi lavrada uma ata e agora o MP deve encaminhar as propostas que foram levantadas pelo movimento estudantil e encaminhá-las a empresa e a Prefeitura.

Insatisfeitos
Os estudantes não ficaram completamente satisfeitos com o resultado da audiência pública. Eles queriam a revogação do aumento de 12% no preço da tarifa e que passou a vigorar a partir do dia 4 de novembro último. O preço da inteiro subiu de R$ 2,50 para R$ 2,80 e a empresa não admite revê o reajuste.